Ontem, passei horas na oficina:
muitas questões, muita papelada, muitos dados, muitas vezes a pergunta ”Qual é
a matrícula? Qual é a matrícula? Qual é a matrícula”...
Respirei de alívio quando o funcionário
dos seguros disse: “pode ir, se precisar
de algo mando-lhe uma mensagem”.
Corri, satisfeita, feliz e airosa –
o martírio havia terminado. Mal entro em casa, oiço o típico som de “Vocezinha”
recebeu uma mensagem. Enfureci ao lê-la: “Posso ligar-lhe? Não tenho a certeza
da matrícula.”
Passei-me dos carretos. Confesso:
praguejei, praguejei... Oh! Minha Santa Barbatana!
Confesso que ainda praguejava:
quando, muito furiosa, decido ligar-lhe. Disse tudo o que me ia na alma em alto
e bom som. Não há paciência que aguente! Esgotara todos os meus infindáveis
sorrisos.
Silêncio; um silêncio ensurdecedor
ouvia-se do lado de lá. Atirei: sim?
Uma voz tímida e envergonhada fez-se
ouvir:
- Professora, desculpe… eu… eu preciso de ajuda com a matrícula (escolar)
da minha filha.
Definitivamente: perdi todos os
sorrisos, perdi o chão e fiquei sem pinga de sangue.
Vai de férias? https://www.booking.com/index.html?aid=1335611
Sorrisos
Guida Brito
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