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quinta-feira, 22 de junho de 2017

O segredo do Chapéu de palha

     Prometemos desvendar o grande segredo que encerra este gracioso chapéu de palha. Então, vamos lá fazer render o peixe e prender-vos- vocês aí desse lado- numa boa leitura às minhas palavrinhas. Lembram-se dos meus troquinhos? Claro que se lembram: andam sempre a espreitar o nosso porta-moedas. Pois é, há 16 dias que vivemos com a módica quantia de três euros diários e comprometemo-nos a fazê-lo durante 30 dias. Temos cumprido, integralmente: só publicámos 13 dias devido ao excesso de trabalho no final do ano letivo. A experiência tem sido um êxito: fizemos as contas e gastamos em  cada uma das nossas refeições equilibradas: 0,30€. No entanto, uma das regras do jogo: o dia do meu aniversário não entrava nas contas. E prontosss.... vamos contar: vamos jantar fora e eu precisava de um chapéu. Já sabem. Sabem mas não sabem tudo. Um chapéu é a primeira compra que se faz quando se embarca numa nova aventura. Isso mesmo: há mais surpresas. Sei que vai ser a primeira e única vez que vou fazer 51 anitos e este evento, que só acontece uma vez na vida das pessoas, requer uma comemoração muito especial. Assim sendo, vai que não vai, comuniquei à restante direção que vamos interromper os escritos na etiqueta Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias e os próximos cinco dias serão publicados na etiqueta Viagens. Opssss... pois, exato: vamos, sem destino, procurar um restaurante que cative e grande qb para receber toda a equipa do blogue "Navegantes-de-ideias". Partimos sem destino mas com o gosto de talvez passar por Guadix. Sem planos nem programas; com esta equipa nunca se sabe o que pode acontecer. Meia dúzia de trapinhos, uma geleira, uma tenda e plenos de sorrisos vamos à aventura. Não nos perca: diremos tudo.
Sorrisos
Guida Brito

quarta-feira, 21 de junho de 2017

13ºdia- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias

     
     Desculpem; continuamos a viver com três euros diários mas não temos conseguido fazer-vos chegar as palavrinhas. O final do ano letivo é muito absorvente: não há espaço para respirar.

     Pensámos fazer um arroz xau xau, daí as nossas compras. Não foi uma boa opção: o molho de soja barato era uma boa "jamais devia ter comprado". Senti-me tão enganada que quase, quase, quase que lá fui... Não, não fui porque teria que fazer uma análise detalhada do produto e não sei se saberia todas a palavras a utilizar: era trabalhoso pesquisar as palavras que não pertencem ao nosso dicionário. Shiiiiii.... reticências ponto e vírgula! Barato não pode ser sinónimo de uma boa palavra que não sabemos. Conclusão: engolimos o jantar mas salvámos o almoço do dia seguinte (não levou molho do dito cujo que necessitava de palavreado não constante do nosso livrinho de boas palavras).

     Para as sobremesas e lanches fiz pãozinhos de leite. Como não havia tempo suficiente para os levedar: coloquei-os em forno a 60ª meia hora; levantei a temperatura para 200º e em dez minutos um delicioso cheirinho satisfez o paladar.


     Lamento não vos fazer chegar o recibo: perdi-o. Gastei três euros certinhos e o mealheiro nem se atreveu a ripostar. de olhar cabisbaixo não parece muito feliz.

Sorrisos
Guida Brito

segunda-feira, 19 de junho de 2017

12º dia-não superado- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias

        O impensável aconteceu: dia não superado. Eu conto tudo. 
     Aos poucos, vão-se esgotando os restos da despensa. Embora escassos, têm permitido o sucesso da meta a que me propus. O arroz, a massa e principalmente o leite, têm sido ingredientes chave. O maior problema vai ser comprar azeite: gordura que não dispenso- é a mais saudável. O que existe em casa deve temperar mais duas ou três saladas. Vamos ter que nos organizar e pensar numa solução. Errar nas contas ou comprar azeite não constitui um problema grave para mim. Podia, facilmente, excluí-lo e isto parecia o que não é. Não quero: quero saber o que é viver assim; quero acabar com o consumismo impensado; quero acabar com os desperdícios; quero fazer valer cada centavo do meu vencimento (descobri que trabalhei muito para conseguir as sobras que foram parar ao lixo); quero preparar o meu filho para um futuro que não sei e torná-lo o mais autónomo e batalhador possível. Sei que existem muitas famílias que vivem com muito menos do que eu- e sem a segurança do posso acabar com isto; gente que vive ao nosso lado e a quem exigimos posturas que só são possíveis a quem não se desvia de determinada forma existencial. O meu filho "leva da brincadeira", entre aspas, uma aprendizagem que só se consolida na experiência. Aprendeu a gerir de forma controlada escassos meios; aprendeu a desenrascar-se; aprendeu que o muito se esgota e o pouco dá para muito; aprendeu a fazer... aprendeu tanto. Adorei o dia em que tinha deixado apenas pão para o lanche; não havia manteiga; não havia queijo; não havia doce; não havia o que normalmente há no mero gesto de abrir o frigorífico. O meu filho não exigiu, não pediu: havia nectarinas, fez doce. Podia dar-vos n exemplos do sucesso desta "brincadeira", entre aspas. Meus amigos, os nossos filhos estão habituados que a água escorre dos dedos da mãe quando a gritam da cadeira do computador ou do lugar, sentado, do sofá. Habituaram-se ao prato na mesa e ao abrir do frigorífico. E, nós entramos na rotina do é mais fácil. Num mundo correrio: facilita satisfazer, cansa contrariar. São hábitos tão "rotinos" que se tornaram inatos e deixaram de ser pensantes. Em 12 dias, o meu filho tornou-se muito mais homem e isso valida: todos os tostões que não gastei e, toda, a trabalheira desta aventura. Não facilitar é o melhor professor que qualquer jovem pode ter.

         Adiante.
     Já sabem: pequenos almoços e lanches baseiam-se no leite, cereais, pão e bolachas (que tenho cozinhado); os almoços provêm das quantidades calculadas, em excesso,  do jantar.
        A hora das compras é a que transborda sorrisos. Hoje, visitei dois supermercados. Primeiro comprei asa de peru- esqueci-me da foto mas consta nas contas. Corri às nectarinas e à couve branca. Sobrava o suficiente (pensava eu) e decidi comprar grãos. Feliz, elaborei um requintado jantar que vai dar para três refeições- já tenho frigorífico; não há problema.
     Cozido de couve e grão. O sumo nunca falta. 
(Vou deixar de escrever, aqui, as receitas: irei colocá-las na etiqueta "Receitas da minha cozinha")

     Após o jantar, fui organizar escritos e talões de gastos; ouvi o resmungar do velho mealheiro e fiquei vermelha como um pimentão: gastara um cêntimo em excesso! Shiiiiii... Santa Barbatana! Atirei-lhe com a caneta e, até hoje, ninguém mais o ouviu: quando não há é para todos.

     Sorrisos
Guida Brito
   

sábado, 17 de junho de 2017

11º dia- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias

     Não se altera o que nos faz feliz: um mergulho antes do almoço é renovador. Embora em tempo curto, o momento já é uma certeza.
    O dia foi normal dentro da nossa anormalidade de gastos: três euros são os nossos gastos diários. Sorrindo e somando momentos. Ser feliz é uma forma de estar na vida: os sorrisos dependem do nosso querer.

Pequeno almoço- iogurte, leite, cereais, pão, doce e manteiga. Idem aspas para os lanches.


 Almoço- o peixe, no forno, acompanhado de salada e com uma bela sopa. O meu pão ficou divinal.
 Ampliámos as propriedades da salada acrescentando, à diversidade de legumes, cebolinho picado(da horta da nossa janela).


     Antes do jantar, passámos nas compras. A necessidade, urgente, de cereais levou-nos à primeira escolha. Passagem pelo talho: uma das promoções veio-nos parar às mãos. Acertámos o preço com cenouras: olha a balança; olha a frutaria; olha a balança; olha a fru...

     Jantar


     Entrecosto no forno e arroz branco. Para acompanhar: usámos o cor de laranja do fruto pintado.

     Contas feitas: 0.06€ para o mealheiro.
     Sorrisos
Guida Brito

quinta-feira, 15 de junho de 2017

10º dia- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias

        Hoje, a escolha foi peixe- a ideia é uma alimentação a preços idiotas mas equilibrada. O principal é provar que conseguimos sobreviver com os cêntimos que gastamos em café e afins ou que esquecemos nos fundos dos bolsos dos casacos. Nós por cá, estamos a sobreviver ( não é a palavra certa: fazemos uma alimentação correta) com a modesta quantia de três euros diários. Fizemos as contas e, surpreendentemente, concluímos que gastamos menos de trinta cêntimos por refeição. Com o que poupamos iremos de férias a preços, também eles, idiotas.
      A melhor hora do dia: a hora das compras. Comprei quatro batatas mas só usei três. Os tomates ajudam no sabor, nos sumos e nas saladas. O movimento entre a frutaria e a balança deveu-se ao pimento. Shiiii! Santa Barbatana.
     Advinham-se problemas com o azeite e os cereais- necessitamos de nos organizar para dar certo. O dia foi calminho.
     Pequeno almoço- um pouco de tudo o que há em casa - os sconnes desaparecem a uma velocidade vertiginosa. 
     Almoço- as iscas: as minhas foram consumidas após um belo mergulho na Lagoa.
      


     Jantar- carapau no forno.  Azeite qb no fundo, a batata, o peixe, uma cebola, dois tomates e metade do pimentinho. Que pena que não existia pão para a sopinha! Sumo: sempre. 
     Sobremesa- não havia doce mas o Rui fez um de nectarina. Sconnes com doce.
     Lanches- cereais, leite e sconnes.

     Recordam-se do fermento: utilizei-o na massa do pão. Vejam a diferença: belo e alentejano.


Contas feitas e sobrou 0.01€: mealheiro. 


Sorrisos
Guida Brito

quarta-feira, 14 de junho de 2017

9º dia- A lagoa- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias


     A foto não é de hoje: é de amanhã. As iscas, ainda, não foram compradas. Voltei a cometer o habitual descuido de passear a máquina sem cartão e queria assinalar o regresso a um velho hábito: um mergulho à hora de almoço. Troquei-vos as voltas e postei uma foto do dia que há-de vir. Pronto; já sabem: fiz uma corridinha, um bom mergulho e um bom almoço (salada russa; lembram-se? Igual ao jantar de ontem). Regressei ao trabalho, meio molhada mas a Lagoa estava divinal. Chamo a isto: qualidade de vida com os meus  três euros diários. Fico feliz em partilhar que consumi 0.30€ de almoço, após um mergulho, numa Lagoa sem igual.

     Vamos às compras
      Descobri um supermercado onde é possível comprar fruta e legumes com o meu, muito escasso, vencimento. Comprei muitas nectarinas (estas, sim, estavam em promoção e sem enganos). A manteiga está no fim: aos saltaricos até à promoção. Optei pelo fígado: acessível e um excelente alimento. Restavam alguns cêntimos, apaixonei-me por um quarto de couve e um tomate. Surpreendentemente sobrou 0.17€. Fui gastá-los e comprei mais um tomate- não posso ter dinheiro. A couve partida é mais cara do que a inteira mas acabamos por lucrar (o muito sobeja e vai para o lixo; o pouco permite muita variedade à mesa).
      Ementa
      Pequeno almoço- cereais  (estão quase no fim), leite e torradas- que ninguém vive sem café: já sabem.
       Almoço- salada russa- claro, o que jantámos.

                                                   (a sopa que fiz dá para oito doses)


                                        (fiz quatro doses)
      

       Jantar- sopa, iscas com excelente salada; sumo de tomate e cenoura.
                                         (fiz duas doses iguais a esta)
           Sobremesa- sconnes com doce de tomate; gelatina (havia uma na despensa) com nectarina e batido de abacate.
       
               Lanches- sconnes com doce e manteiga.

       Fiz mais sconnes- são ótimos para lanches.
      Contas feitas e sobram três cêntimos: mealheiro e estou quase de férias.
     

Sorrisos
Guida Brito

terça-feira, 13 de junho de 2017

8º dia- O fruto cor de laranja- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias



     Ementa
Pequeno almoço- leite com cereais e uma torrada.
Almoço- sopa, febras (sobras do jantar) e salada.
Lanche- bolachinhas, pão com manteiga e metade de um pêssego.
                                                                Fiz quatro porções iguais a esta.
     Jantar- salada russa com delícias do mar e ovo; sumo de tomate, pepino e cenoura; fiz uma bela sobremesa: sconnes com doce de tomate e abacate.
     Havia um frasco de grãos, um pouco de massa, tomate, pepino, cenoura, alface, temperado com azeite e já está. De um pacote, sobraram três delicias do mar- servirão para enriquecer outra salada.

   Na deliciosa hora de ir às compras, deparei-me com uma promoção de delícias do mar: escolha certa. Comprei iogurtes mas esqueci-me de os fotografar: são seis e sem açúcar. Ainda há bastante pão (o pão alentejano tem a vantagem de se poder guardar quatro ou cinco dias). Comprei farinha porque o dinheiro é suficiente e não quero que se esgote em casa- posso fazer pão, bolo, bolachas ou sconnes. Seguiram-se ovos: só há dois nos fundos da gaveta. E já se adivinha: um vai que não vai e volta até à balança para adquirir dois tomates. Fiz as contas e sobravam dezanove cêntimos: não me apeteceu retomar o andamento para fruta- preguicite derivada de uma oferta. 
     Sente-se e descanse, intervale, comente com a família: eu conto tudo.
     Enquanto andava nas compras, procurei fermento padeiro. Não o encontrei mas lembrei-me que ando completamente tonta. O fermento é o mais fácil de fazer em casa. Faz-se um pouco de massa de pão e deixa-se, durante vários dias, na prateleira do armário. Usa-se na massa do pão e reserva-se, sempre, uma parte para o próximo pão. E pronto: não preciso voltar a fazer- receita da minha avó. A minha doce avozinha fazia pão para um mês que guardava numa arca. Lembro-me da tigela do fermento na bancada da cozinha.
      O fermento foi a minha primeira actividade noturna.

Seguiram-se os sconnes. São fáceis, rápidos e muito baratos. 

Receita: fiz metade.
500 gramas de farinha
1 colher, de chá, de sal
5 colheres de sops de açucar
40g de mateiga
1 ovo
Numa tigela misture a farinha, o fermento e o açúcar. Abra uma cavidade e junte manteiga, leite e o ovo.
Mexa rapidamente.
Unte o tabuleiro com manteiga e polvilhe com farinha.
Faça montinhos.

Vai ao forno a 200º C


Ficaram muito bons mas pegaram ao tabuleiro. Hoje (estou um dia atrasada nas publicações) repeti mas antes de polvilhar a farinha untei o tabuleiro com manteiga. Ficaram excelentes.

      No verão passado, a equipa dos Navegantes de Ideias perambulou, de mochila às costas, pela Irlanda e fizemos esta descoberta magnífica: sconnes com doce e natas. Nós por casa, tínhamos  doce de tomate. E as natas? Lembrei-me do abacate cor de laranja. Opssss! Não sabem a história. Vou contar. Mão no queixo e ouvidos atentos. Chame a família: eles vão querer ouvir. Um senta-se no colo e os outros puxam uma cadeira. Calma que eu espero: ainda estou a escolher as letras.
     Bora, todos atentos; adiante. 
     Uma amiga perguntou.me:
     - Agora, muito a sério: queres alguma coisa cá da hortinha?
   Até os cêntimos cintilaram escondidos na carteira. Os meus olhos transpareceram riqueza e zás. Os dedos escreveram... adivinhem? Qual é o material mais dispendioso do planeta? Ah? SALSA. 
     - Quero SALSA.
     - Pedes logo a única coisa que não temos.
     Caramba! Claro! Que tola! Quem é que tem SALSA? Ninguém. Têm medo de ser roubados e todos são pobres para a possuir. Sim. Guida, ter SALSA é sinónimo de ser multimilionário. Se ela tivesse salsa estava perdida numa qualquer ilha particular no seu iatezinho.
        Em modo de redimição. atirou-me?
      - Mas temos tanto: pepinos, tomates, alface, abacates...
      - Abacate, quero um abacate.
    Combinada a quantidade e a oferta prometi a escrita- um escolher atento das letrinhas que lhe fizesse merecimento.
     De manhã, lá estava o saquinho à minha espera. Meio apressada, atirei-lhe o olhar e vi cor de laranja. Coloquei na bagageira do carro e pensei: ficou traumatizada com o verde da salsa e pintou-me os frutos de cor de laranja. Só mais tarde descobri quatro belos abacates e duas grandes laranjas. Uiiii! Tanta fruta: vou baixar o orçamento cá da casa.
     Conclusão: fiz os sconnes e não tinha natas. Não faz mal: os ditos com doce de tomate e o fruto cor de laranja que fica da cor da salsa, no prato, é tão cremoso que recorda o branco das natas. E cá está ele.

    Fechámos os olhos e o paladar fez-nos reviajar pela Irlanda: sentimo-nos na sua famosa costa ,Giant's Causeway- onde degustámos os melhores.
      Conta feita:

Mealheiro: 0.19€.
Riu-se: partilhe.
Sorrisos
Guida Brito

O que fazer com 0.30€? Vamos a contas.

   

     Quando iniciámos esta brincadeira (parecia num primeiro olhar) nunca imaginámos angariar tantos sorrisos nem deliciarmo-nos com tantas surpresas. Apesar do risco, pensámos que o caminho seria: os enlatados. Isso significaria que não alcançaríamos o fim- impensável uma alimentação baseada num contranatura ou no pouco saudável. Na primeira refeição, descobrimos que os enlatados são demasiado caros e só passando fome concluiríamos uma menos de metade do desafio.  De imediato, iniciámos uma alimentação saudável, equilibrada e variada. Garanto-vos que não comprei nenhum alimento extra, relativamente aos que constam nas faturas, e que existia em casa, única e exclusivamente, o que publiquei. Hoje foi dia de, num lugar sentado, fazermos contas à vida. As nossas conclusões:
     - a nossa alimentação é muito equilibrada, muito variada e saudável. Melhorou.
         - continua, igualmente, saborosa.
     - respeitamos o horário das refeições e contrariamente aos anteriores hábitos saboreamos cinco refeições. Não tenho falado muito nos lanches mas eles têm sido consumidos. Melhorou.
      - o nosso pequeno almoço é mais reforçado e muito variado: torradas, pão, doce de fruta, bolachas, iogurtes, leite, cereais... até salada. Anteriormente, era muito mais pobre.
     - temos sempre sobremesa: bolachas, pudim ou metades de fruta. Inovação na nossa vida alimentar.
     Estando ambos tão satisfeitos e conscientes que não precisamos de mais, decidimos fazer cálculos. Agora, sentem-se e leiam d-e-v-a-g-a-r. Fechem a boca e segurem-na para que não entre mosca. Preparados? 
      Fazemos cinco refeições diárias, cada um. Um total de 10 refeições.
        Gasto 3€ para comprar 10 refeições o que significa... gastamos t-r-i-n-ta c-ê-t-i-m-o-s em cada refeição. E ainda: se o mealheiro engordou.... Fizeram contas? Exato. Comemos com menos de trinta cêntimos por refeição.
      A nossa surpresa foi tão grande. E ainda há quem diga que um euro não dá para nada? Cá em casa servimos três refeições e reservamos para férias um excedente grandioso.
Surpreendeu-se: partilhe. Obrigada.

 Sorrisos
Guida Brito

segunda-feira, 12 de junho de 2017

7º dia- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias

   
       Um domingo calminho; o pequeno almoço foi idêntico ao do dia anterior. Ao levantar da pestana: um café e os sorrisos são o sol do dia. Ainda há frango para o almoço  mas uma salada disfarça o sabor repetitivo.
     Hoje, apeteceu-nos pão alentejano. Tinha pensado fazer uma sopa com os legumes que comprei ontem; achei uma ótima ideia uma boa sandes para o jantar. Comprei a carne da promoção: quatro febras grandes- almoço e jantar garantidos. Reservei 1.50€ para a padaria e aos saltaricos da frutaria para a balança e vice versa volta atrás, consegui um tomate. Entre sorrisos saboreei o doce que renovaria à noite. E prontos: comprinhas feitas. 
         Jantar
       Fiz doce de tomate. Já sabem a receita: 4 colheres de açúcar por fruto e um pouco de água. Vai ao fogão e é rapidinho. Estes doces são uma delicia e enquanto arrumo a loiça ficam prontos.


     Sopa- refoguei meia cebola, um dente de alho e  três cenouras. Acrescentei água, duas batatas, cebolinho, alface e o resto dos agriões. Depois de passado, chegou a hora de ir parar ao tacho um caldo de carne e o feijão verde laminado.

     
       Sandes- febra "grelhassada" (para variar) adornada com alface e um pouco de alho. Acompanhada com um belo sumo de tomate com pepino. 

     Apresentam-se as contas. Não há a da padaria (não dão o tichet) mas já sabem que foi 1.50€ de pão.

            
            Já fizeram a soma? Quanto reservei para as férias? 0.05€. 
         Numa das mensagens trocadas sobre as finanças cá da casa, perguntaram-me: E onde vais de férias? Este ano, pela primeira vez, Os Navegantes de Ideias vão separados. O elemento mais novo já as tem marcadas. E as minhas? Bem... sou a única ir e última a saber: não escolho o destino, escolho as mais baratas. Provavelmente compro-as, pego na mochila e corro até um dos aeroportos mais próximos. Não vou conseguir gastar só três euros por dia. Não quero ir à cozinha e, como tenho comprovado no meu blogue, é muito mais económico realizar as refeições do que comprar enlatados. Aliás, este desafio vai a bom porto porque não compramos enlatados nem comidas pré-feitas- para mim, é um facto surpreendente. Pode ser o próximo desafio aqui no blogue: contas diárias das minhas férias.
      P.S.- Confessem: pensaram que este desafio ia dar errado. Mais um dia superado.
                                                       Sorrisos
                                                     Guida Brito         

Resposta às Vossas mensagens- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias


     Desde que descobriram que sou VIP (very imprevisível pessoa) que sou abordada (por mensagens ou pessoalmente) sobre os euros que gasto diariamente. É tão grande a enormidade de mensagens (todas agradeço e um bem aja por me lerem) que não consigo responder-lhes. Todos perceberam que as minhas refeições são agora muito mais equilibradas: cortei nos excessos, diminuí o lixo, tenho redobrada atenção à roda dos alimento, tornei-me atenta e poupei na carteira. Chegar ao meio do mês e descobrir que não preciso preocupar-me no seu final: torna válido e angaria sorrisos no amontoado de trabalho que tenho. Uma questão de opção: organizo-me e isto dá certo ou continuo a vivenciar o terror que se instala, na carteira, nos últimos dias do produto do meu trabalho. Para os que me dizem “eu não  conseguia”, respondo “basta querer”. É muito mais fácil descobrir as pequenas peripécias e sorrir-lhes do que acabar-se o guito, por completo, e não ter como fazer face aos finais. Opto por me sentar ou por me levantar? A escolha é nossa. Há sempre dois caminhos: garanto que quanto mais mato houver mais nos faz feliz. Vivemos apenas uma só vez: fazemo-lo a sorrir ou a chorar. A chorar nunca ninguém resolveu o que quer que fosse: o sorrir alivia o barco. Ao longo da minha vida aprendi que dependo apenas de mim. Então, é melhor viver a sorrir: arregaço as mangas, trabalho e vivo. Vivo todos os instantes sem me sentar à espera que as coisas aconteçam. E acreditem: não me preocupo minimamente sobre o que pensam de mim quando faço algo que mais ninguém faz. Nas horas duras, sou eu que lá estou para resolver. A minha postura é sempre a mesma: doce com os outros, doce comigo.
    Shiiiiiii…. Santa Barbatana! Lá me perdi nas palavras. Adiante que o barco é pequeno e a viagem é longa. Hoje, decidi responder aos que me perguntam: porquê?- Anseiam respostas aos porquês dos três euros. É fácil. Por dois motivos:
   - eu vivo com três euros, por dia, para me alimentar porque é possível faze-lo.
   - quero escrever; quero desenvolver o meu blogue: precisava de um fio de inspiração.
Se gostou: partilhe. Obrigada.
Sorrisos

Guida Brito

domingo, 11 de junho de 2017

Esqueci-me de contar- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias

      Lembram-se dos pêssegos? Claro que sim; eu não vos deixo esquecê-los. Hoje, visitei-os e lá estavam, de novo, isolados. Ao lado de quem? Nem mais: das nectarinas. Estavam em promoção? Não. Desta vez eram as nectarinas. Shiiiiii... Santa Barbatana! Passou-me assim uma memória.... Passei de fininho, nem os olhei; fingi que os não tinha reconhecido. E elas? Nunca olho- enganam tanto como eles.
                                                       Sorrisos
                                                    Guida Brito

6º dia - Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias

     É sábado e não se trabalha: o pequeno almoço é a dois e sentados. O pão e o doce de pêssego surpreendem o paladar; o afago o coração. 

        Esta história dos 3 euros foi a minha melhor invenção. Não há muito para contar, hoje. Ontem, fiz o frango recheado acompanhado com batatas e um belo tacho de arroz. Fiz em demasia pois ainda sobeja para mais uma refeição: é incrível o que consigo fazer com três singelos trocaditos. À noite, decidimos acompanhar com salada. O que fiz é mais que suficiente para comer três vezes frango - não é uma boa opção. 


       As promoções têm estes contras: compra-se em exagero e  muitas vezes vai parar ao lixo.
       Não esqueci o famoso sumo: pepino e cenoura foi a eleição.

       Vamos às compras. O dia foi calmo sem a pressão do trabalho e não ter que cozinhar soube a mel. 

       Com as refeições prontas o dinheiro ficava livre para as compras de maior necessidade.
         Optei pelos pêssegos: enriquece os sumos e sabem muito bem. Açúcar: já estava esgotado na prateleira da cozinha. Alface: posso deixar o caule para germinar; é barata e enorme. Enriquece a sopa; valoriza as saladas. Pepino: adoramos o seu sumo e acrescenta variedade às saladinhas. 
       
        Contas feitas sobraram dezoito cêntimos. Onde os coloquei? Coloquei? Não. Eles já sabem o caminho: atiraram-se para o mealheiro.
                                             Sorrisos
                                            Guida Brito

Eu-poema G.O. Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias

    

     O meu blogue e a minha experiência têm sido motivo de receção de muitas e muitas mensagens. A todos agradeço do coração. Se num início me julgaram louca (e sou, felizmente) agora começam a questionar-se e a dirigir-me palavras de concordância com esta experiência. Penso que iniciam um processo de consciência relativamente aos nossos excessos e à nossa desatenção. Claro que não é necessário gastar tão pouco como eu (consegue-se com uma necessária enorme disciplina) mas podemos cortar com muitos hábitos que definem um trabalhar em vão e nos poderão proporcionar um gasto mais sorridente. Todas as mensagens recebidas me têm tocado o coração e justificam a continuidade do meu blogue. Destaco esta porque me define. Alguém que nunca me viu; que não me conhece: de me ler tocou-me o coração. Um beijinho gigante G.0.

Indomável
Ela é um pouco atarantada
Mas tem um sorriso encantador
Gasta três euros por dia
Mulher linda repleta de vigor
Gosta de sentir a brisa nos cabelos
De sorrir mesmo a chorar
A liberdade é o seu lema
A natureza é o espelho do seu olhar
O mar chama por ela
Nas areias finas, gosta de descansar
Ao longe grasnam as gaivotas
Talvez para a cumprimentar
Professora, mãe e escritora
Mulher que sabe o que quer
A vida nem sempre foi justa
Mas com o tempo tudo vai alcançar
Para ti minha querida amiga
Escuta com atenção
Que sejas sempre este ser Indomável de bom coração (G.O)