domingo, 27 de outubro de 2019

Encontros em Miyajima, a ilha sagrada


Miyajima, a ilha sagrada, Japão, Viagens, Navegantes de Ideias
Cansada, quase de rastos, no fim das forças, sob um calor intenso, após vários quilómetros a percorrer a deslumbrante Ilha de Miyajima (Japão), vislumbro duas senhoras de traje insólito.





Miyajima, a ilha sagrada, Japão, Viagens, Navegantes de Ideias

Apesar das reclamações, intensas, do mais jovem dos Navegantes, fi-lo esperar, esqueci que já não conseguia caminhar e alterei a rota, na esperança de as fotografar. 

Miyajima, a ilha sagrada, Japão, Viagens, Navegantes de Ideias


Não me fiz de rogada e arrisquei a fotografia. Viram-me, sorriram, obedeceram aos meus gestos e colocaram-se aqui, ali e acolá. 


Miyajima, a ilha sagrada, Japão, Viagens, Navegantes de Ideias


Não falávamos a mesma língua, o inglês não era nossa pertença, mas isso não impediu a amizade dos gestos sentidos: trocámos nomes, trocámos emails.





Miyajima, a ilha sagrada, Japão, Viagens, Navegantes de Ideias

Percebi, espero não estar enganada, que o seu traje era típico da zona de Tóquio. Inclinámo-nos, muitas vezes, numa troca de afetos, de respeito e agradecimentos à boa moda Japonesa. 

Miyajima, a ilha sagrada, Japão, Viagens, Navegantes de Ideias

Um momento que não esquecerei e que, hoje, partilho convosco.

Sorrisos
Guida Brito


quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Baleia-Anã deu à costa, em Sines

cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Esta manhã, mais um cetáceo deu à costa no areal da Costa do Norte, em Sines. Desta feita, uma baleia-anã. 


 
A baleia-anã é residente em Portugal, pelo que pode ser observada regularmente nas nossas águas, durante todo o ano. 
 cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Esta pequena baleia pode ser encontrada em zonas pelágicas afastadas da costa e em águas costeiras com profundidades inferiores a 200 m. 


cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

O Instituto de Conservação da Natureza e a Câmara Municipal de Sines vão remover o animal e proceder à sua incineração. 


 cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias
É muito estranho, a quantidade de cetáceos encontrados na costa algarvia e, essencialmente, na costa alentejana.

cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

 Mais estranho é o facto de não serem autopsiadas para determinar a causa da sua morte, tendo em conta tão elevado número na região.

cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Por duas vezes, ouvi, em conversas que não me eram dirigidas (e não sei qual o seu.fundamento) que estas mortes se deviam a experiências com explosivos que ocorriam ao largo da costa portuguesa. Será???? Algum de vós viu ou ouviu algo? Com que fundamento se fariam experiências com explosivos?

cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

A baleia-anã demonstrava sinais de ter ficado presa numa rede; no entanto, as feridas estavam em estado de cicatrização.

 cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


 Do seu interior, pela boca e pela zona pélvica saia sangue, dando a entender (a alguém leigo na matéria) que a causa de morte estaria relacionada com feridas interiores.

cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Seja qual for a causa de morte destes cetáceos (baleias e golfinhos), seria importante autopsiar para determinar o que tem matado estes animais e se as causas são comuns. Se não cuidarmos do nossos mares... um dia, comeremos dinheiro e areia.

 cetáceos - Costa alentejana - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias
Sem Sorrisos
Guida Brito
Ler também:  Baleia-comum morta, em praia de Sines

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Barragem de Morgavel: quanta chuva será necessária para repor os níveis ?

Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

A seca extrema e severa é uma realidade que se vive Alentejo. A níveis nunca antes vistos, as barragens não são mais que umas pequenas poças de água podre e imprópria.





Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


 Fui visitar a barragem de Morgavél: a terra nua é, hoje, estrada dos incrédulos perante tamanha ausência de vida. 
Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Quanta chuva será necessária para repor os níveis de outrora? – É a pergunta que se impõe.

Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Por aqui, dizem, vão avançar as monoculturas (olivais e fins) que têm destruído todo o Alentejo.

Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Quanto tempo tem o Alentejo? – É, outra, pergunta que se impõe.

Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


Veja o vídeo (impressiona).


Mais fotografias.


Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias



Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias


Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias



Alentejo em seca extrema - Sem sorrisos - Navegantes de Ideias

Sem sorrisos
Guida Brito


sexta-feira, 18 de outubro de 2019

João Pedro Pais à conversa com António Jorge - no dia do novo album "Confidências"



Navegantes de Ideias

A culpa é e será sempre do Bruce Springsteen.
Eu e o João Pedro Pais somos fãs do “Boss” ponto – não confundir com especialistas ou profundistas. E por um mero acaso das nossas vidas, ambos tivemos a sorte e o privilégio de privar com o autor de “Born In The USA”. 



 
Bruce (que recentemente celebrou 70 anos de vida) tem novo disco. A propósito, eu e o João Pedro encontramo-nos dias depois da edição de “Western Stars”. Alinhamos as faixas do álbum por ordem de preferência e já que ali estávamos arrisquei, João isto tinha muito mais graça se à medida que fossemos ouvindo o álbum fizéssemos uma minipartida de ping-pong – pergunta daqui resposta daí. Parece-te bem?

 - “Parece-me lindamente. “
 
João Pedro és um jovem quarentão, com 20 anos de uma carreira feita de uma dezena de discos e várias centenas de espetáculos dentro e fora do país e, quase meio milhão de discos vendidos. Para além da muito bem-sucedida carreira, és um dos nomes mais acarinhados e seguidos pelo público português.
Quando se quer muito e se trabalha muito, consegue-se?


- “Mais do que ter conseguido chegar cantando e rindo até aqui, convivendo com o público e as vendas dos discos, tudo passa mais por uma questão de carácter e identidade, e é também esta a razão que vou chegando no meu vagar até onde estou. Tenho um imenso respeito e afeto pela reciprocidade dos outros que me fazem e querem bem.”

“Em termos pessoais sinto que dependo de vários fatores:
Talento, raça ou carisma - um deles terei com certeza, caso contrário não conseguiria passar a mensagem nem chegar às pessoas. As rádios e as televisões são parte integrante e fundamental da divulgação do músico e suas canções, bem como as redes sociais que hoje criam pontes entre quem cria e quem consome. É um trabalho em conjunto.”

Em 1997, ano de edição do álbum estreia terias em ti todos os sonhos do mundo?

- “Tinha e tenho, assim como todas as incertezas! Nada é garantido; nada é um dado adquirido. Sonho intensamente acordado, e o meu pensamento continua a ser uma grande cidade com trânsito em hora de ponta.”



 
Eu sei que 1 de junho de 2014 é uma data particular para ti. Que memórias guardas desse dia?

- “Sim, é definitivamente um dia especial. Fiz o meu melhor concerto no Rock in Rio perante milhares de pessoas e nesse dia conheci o Bruce Springsteen. Nesse dia, também eu fui criança de corpo e alma, e trago comigo esse momento até hoje.” -  ri-se de orelha a orelha.

Tens também toda uma outra carreira feita no desporto – de alguma maneira foste buscar ensinamentos quer à disciplina, quer aos sucessos e insucessos da alta competição?

- “Sem dúvida. Sou ex-atleta de luta olímpica, detenho ainda a melhor classificação de um Português num campeonato do Mundo de seniores - Martigny -Suíça 1989- 8 lugar, em 16 lutadores.
Continuo ainda com o meu treino diário junto da geração mais nova., e isso é que faz de mim o homem nas canções. O desporto ensinou-me a estar, perder e ganhar, e a respeitar quem está à minha frente.”




Por esta altura já tínhamos ouvido e discutido meia dúzia das novas canções do Boss e a conversa estava boa.
Bola do lado de cá.
A família, o teu filho Salvador e os amigos serão sempre a tua ancora?


- “José Saramago, disse numa das suas intervenções, referindo-se à família. O desporto ensinou-me a estar, perder e ganhar, e a respeitar quem está à minha frente.”
tive sempre consciência de que o rapaz quer zarpar e desbravar caminho - e a ligação da âncora vai-se desprendendo. O mesmo acontece em relação aos ditos ou chamados amigos.”

 Hoje 18 de Outubro de 2019 é mais um dia especial; editas “Confidências (de um homem vulgar), o teu novo álbum. Como apresentarias este disco ao teu público?

- “O álbum terá o melhor do que consegui fazer até então. Descrevo-o como intenso, forte e frágil - nas palavras e na sonoridade.”

Um músico/compositor e autor como o João Pedro Pais é sempre aquilo que escreve?


- “Inevitavelmente! Quando compomos, o que escrevemos e musicamos é também de carácter autobiográfico.”

Em fundo ouve-se a sedutora “Moonlight Hotel”, a última canção do novo álbum. Voltamos a partilhar “There Goes my Miracle”.
João Pedro, partilhar é hoje primordial?

- “Partilhar é, ou devia ser a essência da humanidade - principalmente para os mais desprovidos de quase tudo.
E refiro-me a um abraço, a comida, a água, a um teto, a sorrisos, a uma palavra, a um poema, a uma canção, a um afeto, a um gesto de generosidade, e a um trabalho digno. E isto não só não é utópico, como é simples de concretizar.  O problema está e estará sempre nos que para além de não quererem saber, se esquecem repetida e propositadamente de que, o mundo em que vivem é igual ao de todos nós.”

Abraço João Pedro e muito obrigado -long life to Bruce

AJ


segunda-feira, 14 de outubro de 2019

A doença da moda


Cancro - Navegantes de Ideias

- De que morreu?
- Da doença da moda.




Não foram necessárias mais palavras para perceber que o cancro, de forma aniquiladora e sem réstia de tempo, fez mais uma vítima. E, um a um, na solidão do ser vítima de um todo tão grande vamos perecendo, incapazes de nos unirmos no Basta. Em sua defesa, limitamo-nos a partilhar meia dúzias de laços pelo Facebook e afins, rezando (sabe-se lá a quem) pela recuperação dos que já perderam a luta. 

É sempre na casa do vizinho que a dita começa; e, isso remete-nos para o egoísmo do temos que aproveitar os momentos antes que o tarde seja presente. Quando chega ao nosso lar, os outros fazem o mesmo: partilham meia dúzia de laços e correntes duvidosas e, durante uns dias, o negro invade os murais, contrastando com o azul que de profundo pouco tem. Um a um, vamos sucumbindo incapazes de adotar ações válidas que inibam o que o causa.

Posso falar do Alentejo (é a zona que conheço) mas sei que a situação se estende a todo o país: a morte da mãe Natureza. 

Por aqui, deu-se descrédito à razia dos campos; à poluição dos aquíferos, à contaminação dos solos, à contaminação do ar, ao desaparecimento da fauna e da flora… Não temos rios saudáveis, não temos água, as florestas estão a ser dizimadas, as abelhas diminuem drasticamente… aos poucos, temos perdido o que é essencial à sobrevivência. 

Dizem eles (os que lucram em demasia com o defunto) “o desenvolvimento é crucial, as consequências são inevitáveis e há que fazer face à necessidade de resposta alimentar da população mundial”. Como se o que produzimos com a carrada de químicos proibidos e em quantidades superiores ao suportável, fosse parar à Etiópia ou a um país de pobreza extrema. 

Não vai, não! É vendido a países chamados desenvolvidos, a preços do despejam-nos os bolsos, numa guerra do parece que é barato e o excedente vai parar ao lixo. Ao lixo! 

Deixamo-nos enganar porque os umbigos cresceram em demasia e a inveja, a superioridade, a chefia, o carro de amostra e a roupa do aparente dominam, num consumismo desenfreado, a sociedade portuguesa.


Adoro “o desenvolvimento é crucial”: quem quer este tipo de desenvolvimento que arrasa com as condições essenciais à vida?



E, depois, acrescentam a modos de inocência “a economia, a economia, a economia, o défice, o défice….”. Desculpem? Será a economia mais importante que a vida na Terra? Será o dinheiro mais importante do que a vida dos nossos filhos? 

Será o dinheiro transformável em ar, em peixe ou em água?

Numa região, onde do cancro nem se ouvia falar: hoje, parte um; amanhã, parte outro; são tantas as famílias que aderiram à doença da moda que já nos devia ter feito pensar e já nos devia ter tirado o rabo do lugar, para tentarmos mudar o rumo do fim que se adivinha.

Na nossa pequenez, permitimos a dor na vida do outro, esquecendo que a solidão nos consumirá amanhã.

Lembram-se de Fortes Novas? Continua oculta debaixo da fumaça que observa na imagem. 

Um povo que o permite é um povo morto. 
Assim, somos nós.

Sem sorrisos
Guida Brito


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Culturas Intensivas – SOLUÇÃO - Olival-Amendoal-Vinha-Romaneiras


Culturas Intensivas – SOLUÇÃO - Olival-Amendoal-Vinha-Romaneiras


Muitos denunciam os Crimes que estas culturas originam na Saúde Humana e no Ambiente que se repercutem para o Futuro, para as Gerações Vindouras.




Trata-se de culturas cujos produtos transportam veneno para as nossas mesas.

Há que tomar medidas. Já.

Quais?

-- Sem medo proceder ao ARRANQUE sistemático de TODO esse Olival.

-- Estabelecer métodos de recuperação das terras pré-estéreis.

Como proceder com os Investidores e Empresários donos dessas terras já sem essas culturas?






- Reconverter o modo de produção nessas suas terras, aproveitando as instalações de rega já instaladas.

Em vez de culturas envenenadas, produzir produtos agrícolas tradicionais para Alimentação Humana e Animal usando água do Alqueva que para isso foi idealizado.

ARRANQUE do OLIVAL INTENSIVO.

Pelo Olival Tradicional!
José Jorge Cameira