"Estou dias e dias fechada em casa. Tenho saudades de poder conversar com as vizinhas. Não tenho para onde ir; não tenho vontade de viver" - Maria Emília Laranjinha Coelho; Fortes; Alentejo |
Se no passado
simbolizaram um grito de revolta e a liberdade, hoje, pelas suas
características, os montes alentejanos determinam a extinção e exterminação do
povo alentejano.
Assim que descobertos,
o extermínio foi a realidade dos índios e de todas as tribos que viviam em
plena comunhão com a Natureza; é a realidade do povo alentejano.
Os Montes
surgiram devido à tentativa de moldagem dos habitantes a novas regras sociais.
A fuga dos inadaptados, às exigências de uma sociedade injusta e de elites,
fomentou que, aqui e ali, há muito tempo, surgissem pequenas habitações,
pertencentes aos homens livres: os Montes alentejanos.
Iniciou-se um
novo e nobre povo, cujas características se mantêm até aos dias de hoje:
humilde, sábio, respeitador, simples mas livre. Em plena comunhão com a
natureza, vivia das ervas da planície e das margens da ribeira, de pequenas
hortas e do pastoreio.
Hoje,
são, maioritariamente, idosos que ali habitam: alvos fáceis da ganância alheia.
Na solidão dos pequenos povoados, a sua voz é abafada e a sua simplicidade apelidada de
ignorância. Hoje, o povo alentejano vê as novas plantações invadir o
perímetro dos povoados, vê-as entrar em casa; vê as águas interditas a uso público
e os seus cursos desviados; vê a planície decapada das ervas que aprendeu a
usar na sua alimentação; vê as árvores milenares serem vendidas ao desbarato,
no OLX; vê os sobreiros e as azinheiras serem arrancadas ou queimadas; sabe as
praias contaminadas; chora o ar gorduroso e nauseabundo; sente os químicos
que o matam; e, na sua velhice, agasta-se com a nova doença que aqui chegou:
o cancro. Cala-se envergonhado de uma culpa que não tem.
E, a lei? A lei, nas suas exceções, por vezes, legaliza um genocídio sem precedente; por vezes, não é aplicada. Em nome do desenvolvimento económico, do alto interesse financeiro: ceifa-se, aos poucos, em morte lenta, todas as formas de vida, incluindo as humanas.
Em
plena Europa, a dúvida persiste: quem o inflige? Portugal ou Espanha?
O começo do fim
Artur Pissarro; Fortes; Alentejo |
Ninguém
imaginaria que a promessa de água do grande lago Alqueva, à planície seca e
árida, fosse o início do fim.
Há
cerca de 10 anos, no interior, surgiram as primeiras culturas intensivas de
olival (400 árvores por hectare); no litoral, aproveitou-se as águas do Mira,
apareceram as estufas e as monoculturas, iniciou-se a decapação dos terrenos do
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Aqui e ali, a vinha,
as nogueiras, as amendoeiras, o olival, os brócolos, a salsa (vendida entre 50
a 125 euros/kg)… ficando, sempre, para depois, a chegada da água às torneiras
das casas. Hoje, ainda, é água de cor negra e imprópria para uso humano ou
animal que corre nas casas do Alandroal.
"Doença e angústia" - Rosa Venâncio; Fortes; Alentejo |
De
forma sútil, foram desaparecendo sobreiros, azinheiras (árvores protegidas por
lei), surgiram graves alterações a nível da orologia, foi destruído todo o
património ambiental e histórico (arrasadas Villas Romanas e Celtas,
importantes vestígios pré-históricos….)… Antas, únicas, aparecem desmembradas na
periferia dos terrenos da planície.
Na
sede do quero mais e quero para mim o que é de todos, deu-se continuidade a um
arraso sem planeamento, sem bom senso, sem vigilância, sem respeito pelos bens
comuns e pelos outros seres humanos, sem arrependimentos por parte dos
prevaricadores.
"Tenho saudades de respirar e conversar com as vizinhas" - Fortes, Alentejo. |
O
Olival intensivo que exigia muito mais do que o Alentejo lhe podia dar, deu
lugar ao superintensivo ( 2000 pseudoárvores) que aspira, no seu caminho,
lágrimas de sangue e vidas humanas. Seguiu-se o olival híperintensivo, sem
cabimento nem perceção.
Todos
os solos do Alentejo, estão a ser decapados, todas as árvores arrancadas, toda
a vegetação desaparece e, no chão daquilo a que chamam oliveiras ou
desenvolvimento económico, a terra nua ganha terreno em milhares de
quilómetros. Muitos terrenos foram decapados 3 vezes: iniciaram com vinhas,
foram arrancadas para dar lugar ao olival intensivo; por sua vez arrancado para
dar lugar ao superintensivo (sempre subsidiadas pelo estado e antes que o lucro
financeiro fosse uma realidade).
Estão
aprovados mais 70 000 hectares (700 quilómetros quadrados) e a duplicação
das, incontáveis, centenas de quilómetros quadrados no Parque Natural do
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, para culturas hiperintensivas, numa
região em que a água é insuficiente para o consumo humano e se encontra
contaminada com substâncias cancerígenas.
Porque escrevo tanto sobre o tema?
Um
dia, ao atravessar o Alentejo, constato uma dimensão de destruição
inacreditável; pesquisei, informei-me e escrevi o meu primeiro artigo sobre o
tema (O fim da planície e a morte do azeite: um dos maiores crimes ambientais de Portugal ),
nos Navegantes de ideias. O artigo foi lido e partilhado por muitos e muitos
milhares de pessoas. A partir desse momento, comecei a receber milhares de
mensagens de alentejanos; muitas pessoas referem que, pela primeira vez, alguém
lhe dá voz e faz eco da sua dor; outras, com medo e solicitando anonimato,
relatam e provam, quer por imagens quer por documentos, que a catástrofe
ganha a menção de genocídio.
Ao
mesmo tempo, sou contactada por pessoas de quase todos os partidos políticos. O
tema é o mesmo, manifestam a sua opinião e preocupação contrária, neste tema,
às orientações dos partidos. Conscientes da gigantesca dimensão, sem
precedentes, do atentado à vida no Alentejo, revelam nada poder fazer para
reverter a situação. Segundo os mesmos, as políticas a adotar são acordadas em
documento próprio, por pessoas que com parcos ou nenhuns conhecimentos da
matéria (especialistas e estudos nunca estão presentes) e a sua orientação é,
tão somente, o aproveitar subsídios vindos da Europa ou a pressão de intervenientes,
presentes, com interesses financeiros. Por vezes, nos debates, ouve-se a
expressão: “o fim é só daqui a quinze ou vinte anos, logo se vê”.
Chocaram-me os documentos, a que tive acesso, oriundos dos maiores partidos
políticos portugueses: até a gerência da água pretendem passar para os
agricultores - o fim da água nas torneiras, nos aquíferos e na superfície do Alentejo.
De
facto, um dia, sem qualquer interesse ou manipulação da minha palavra, escrevi
sobre uma situação que me incomodou – uma situação que todos viam mas poucos
tinham coragem de comentar. Talvez tenha sido isso que levou “tantos e tantos”
a pedir-me ajuda. Como se eu tivesse o dom de reverter algo tão complexo! Não
tenho. Posso, no entanto, escrever com as minhas palavras a Vossa Voz.
É
com base nessas mensagens, nesses documentos, na minha pesquisa, nas minhas
idas ao terreno, de fotografias aéreas e na minha opinião que escrevo o
presente artigo. Obviamente, não identifico pessoas nem partilho documentos que
vi. Escrevo porque não consigo calar, em mim, o que chamo de Genocídio. Não
consigo calar os que me pedem ajuda na tentativa de acabar com o seu tormento.
Não consigo calar um povo que vive só, amedrontado e ameaçado, na grandeza do
seu monte, desalentado, doído, doente, envenenado…
As árvores do Alentejo
Imagens comuns, no Alentejo. |
As oliveiras milenares: umas
vendem-se no OLX, ao desbarato; outras, são certificadas em Espanha e vendidas
para Itália; outras, seguem em camiões para destinos europeus.
Despovoamos o Alentejo de
árvores centenárias e milenares, espécies resistentes a doenças e que não
necessitam de produtos químicos, e plantamos: OMGs (Organismos Modificados
Geneticamente). Relativamente aos olivais superintensivos e hiperintensivos,
agrava-se a situação tendo em conta a proveniência das espécies implantadas:
oriundas de um país (Espanha) onde uma grave doença das oliveiras impossibilita
o uso dos solos.
Sim. Não há dúvida, na minha
opinião, que se trata de Organismos Modificados Geneticamente:
- o mesmo foi referido, em
entrevista, numa rádio de Beja, por um grupo de agricultores, a escolha desta
variedade de oliveiras, implantadas no Alentejo, deveu-se às alterações
genéticas das plantas, garantindo que eram o que de melhor se adaptava ao
terreno;
- o uso de Glifosato, na
região, confirma: este produto químico (em tribunal, noutros países, foi
provado que é altamente cancerígeno) mata todas as plantas que não sofreram
alterações genéticas, assim, se as espécies de oliveiras, amendoeiras, de
fruto, de videiras e outras resistem ao seu uso, comprovam que existiram
modificações genéticas;
- a proveniência de Espanha
das oliveiras implementadas, também, confirma; segundo o que li, para poder
exportar e na tentativa de reverter a grave epidemia, os cientistas espanhóis
fazem experiências manipulando cerca de 8000 genomas: uma vez que as
inicialmente implantadas, neste país, estão contaminadas.
A tratar-se de OMGs,
significa que a lei portuguesa não é mais do que um papel com letras escritas
para os estrangeiros e para as empresas; a sua utilização, para além de outros,
carecia de consulta pública e rotulagem em conformidade: o que não ocorre.
As árvores centenárias,
resistentes a doenças e que não necessitam de produtos químicos, são vendidas,
arrancadas ou, simplesmente, queimadas e enterradas. Tal como na Amazónia,
longe dos olhares, aparece um caminho, uma clareira é aberta e, aos poucos, todas
as formas de vida são mitos; dão lugar a um grande círculo, a outro, a mais
outro e, num raio de muitos quilómetros, a vida esvai-se na ganância e do quero
para mim tudo o que tens.
Nas serras, na planície, é
visível (com exceção para dois ou 3 concelhos) que toda a vegetação desaparece.
O Montado (azinheiras e sobreiros) seca de um dia para outro; por vezes, é
simplesmente arrancado ou queimado.
Muitos olivais s e montados
são arrancados sem qualquer autorização. No caso dos olivais, por vezes, o
futuro comprador (ou outro aparentemente alheio ao negócio) vende as árvores
antes de adquirir o terreno. Após a venda do terreno, não há culpados: o vendedor
não sabe o que aconteceu e o comprador adquiriu o terreno sem árvores. Nestes
casos, o arranque das árvores fica a cargo do seu comprador, não havendo,
assim, prevaricação por parte dos envolvidos no negócio de compra e venda do
terreno.
Os novos contratos já
assinados, com empresas estrangeiras, dada a dimensão das áreas que abarcam,
levam a crer que nada restará do Alentejo e grande parte do Algarve. Além dos
milhares ou milhões de árvores milenares e centenárias arrancadas, já é
visível, através de fotografias aéreas, o inicio da queima ou arranque das que
sobejaram. É a dor e a morte, por todo o Alentejo.
O que já desapareceu?
Salvada,
nove hectares de importantes vestígios pré-históricos;
Beja,
Villas Romanas e Celtas, desapareceram;
Monsaraz,
olival tradicional arrancado;
Monte
Novo e Farisoa, olival tradicional arrancado, sítio romano e Antas afetados;
Mesquita,
Évora, sítio romano afetado;
Casa
alta, Redondo, olival intensivo arrancado; no seu lugar já brilha o
superintensivo;
Aldeias
de Montoito, olival tradicional arrancado;
Alvalade,
montado arrancado;
No litoral,
desapareceu quase todo o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina;
as culturas chegam a 5 metros do mar; estende-se para a zona do Algarve e para
a serra da vigia;
Longe
das estradas, a leste do olhar humano, todas as árvores desapareceram ou já se
iniciou o seu abatimento e, no seu lugar, restam os solos nus. Existem áreas
com 10 quilómetros quadrados sem uma única árvore.
Posso
continuar mas penso que o cansará (são milhares de ocorrências comprovadas).
No
Litoral Alentejano, a área de cultivo é tão imensa que ocupa toda a faixa entre
Vila Nova de Milfontes e Odeceixe (tendo já ultrapassado este limites, até
Aljejur, estende-se para a Serra da Vigia, parou, em muitas situações, a cinco
metros do mar). No entanto, a faixa livre de plantações situa-se,
maioritariamente, entre vinte a sessenta metros do mar e já é notório
alterações na orologia das arribas.
Movimentações das arribas, alteração da orologia da costa alentejana |
Não
esquecer que as arribas e as dunas são a nossa defesa contra o avanço do mar e
a consequente salinização, erosão e inutilização dos solos. É irónico
transmitir, às nossas crianças e aos caminhantes, o dever de caminhar pelos
trilhos existentes e o não arrancar plantas destas zonas (pela sua vital
importância) e, ao mesmo tempo, consentir a sua total destruição para uso de
uma empresa. Penso que os manuais escolares e os programas que abarcam devem ser
alterados: transmitir o contrário que ocorre, com o aval do estado, fará de um
professor: um tolo não confiável.
Neste
caso, a lei que regula o aproveitamento das águas do Mira legaliza todo o
desbaste.
Numa
dimensão de centenas de quilómetros, estas culturas levaram ao desaparecimento
do Parque Natural do Sudoeste Alentejano (resta uma pequena faixa entre Sines e
Vila Nova de Mil Fontes).
A vida selvagem
Durante
a noite, quando passam as máquinas para a apanha da azeitona, milhares de
pássaros que ali dormem, morrem ao ser sugados. "Tordos",
"Calhandras", "Trigueirões", "Rouxinóis",
"Felosas", "Milheirinhas"… “uma verdadeira chacina” é
referida pelos trabalhadores que os retiram das cubas das azeitonas.
Esta
situação ocorre, essencialmente, nos arbustos mais baixos, nos olivais
superintensivos. Após as colheitas, milhares de aves são retiradas das cubas
das azeitonas; no entanto, o seu sangue fará parte do azeite que servimos à
mesa. Mesmo que sejam lavadas antes de dar origem ao azeite, o aconselhável,
por questões de saúde, é que, o que seja contaminado com sangue, não integre o
consumo humano.
A
administração de produtos fitofármacos é feita através dos gotejadores de água
onde qualquer espécie animal selvagem bebe e, dias depois, morre. Lebres,
coelhos, perdizes… são encontrados, todos os dias, mortos nos seio das culturas
superintensivas e hiperintensivas ou na sua periferia, perto das estradas,
pelos campos do Alentejo.
Em
milhares de quilómetros decapados, desapareceu toda a vegetação, desapareceram
todas as rochas (de importância vital para muitas espécies e no combate à
erosão).
Numa
barragem, morreram envenenados 700kg de peixe e o gado que ali matava a sede.
É
evidente a escassez de insetos, fundamentais para a existência de vida.
A
nuvem química, usada para fazer cair a azeitona, além de contaminar com
químicos cancerígenos o azeite, mata as abelhas (o ser vivo mais importante do
planeta, sem o qual não existe nenhuma outra forma de vida).
Nos
depósitos, a céu aberto, do bagaço da azeitona, milhares de animais (ratos,
aves, cobras e outros) perdem a vida. Segundo os habitantes locais, estes não são
retirados e integrarão o azeite refinado que é, comummente, adicionado ao
azeite virgem para que a acidez atinja os níveis requeridos pela lei.
A Água
A água que corre nas torneiras do Alandroal, 10 anos depois do início do Alqueva. |
Anos de seca consecutivos têm tido graves consequências
nos recursos hídricos da superfície. Algumas barragens estão completamente
secas ou apresentam níveis nunca vistos e, no que se refere às água do Alqueva,
já é visível a formação de zonas pantanosas. A salinização, a presença de
químicos cancerígenos e a nitrificação, crescentes, além de tornarem a água
imprópria para uso agrícola, atingem os níveis que levaram à extinção do Mar
Aral e das Tablas de Daimiel.
O mesmo ocorre com as águas do rio Guadiana que já nos
chega, de Espanha, contaminado.
Assiste-se, assim, ao uso, na agricultura, de um recurso
que devia ser exclusivo para o consumo humano: desde outubro, mais de três mil
novos furos de captação de água são o resultado da crescente intensificação da
agricultura: extingue-se um recurso crucial, numa época de secas, cada vez mais
frequentes, tornando inviável: a existência de qualquer espécie de vida, em
toda a região.
Se as espécies, plantadas no Alentejo, prometiam uma
vida de 20 anos, estes fatores, não contabilizados na implementação de uma
agricultura sem regras, planeamento ou controlo, ditam, segundo estudos
publicados por especialistas da área: o Alentejo não tem 10 ou 15 anos de vida.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) refere que
os pesticidas estão a ser usados em concentrações excessivamente elevadas e
estão presentes nas águas subterrâneas, em níveis muito elevados,
nas zonas onde a atividade agrícola é mais intensa. Um seu estudo, à qualidade das águas subterrâneas, detetou
a presença de pesticidas proibidos pela lei portuguesa e outros proibidos em
toda a Europa. A APA não descarta a possibilidade dos produtos proibidos,
presente nos aquíferos, provirem de Espanha.
Estes pesticidas podem ser a causa do surgimento de
grande número de Cancros, essencialmente do intestino e das vias respiratórias.
É muito difícil
perceber e aceitar que uma população, maioritariamente idosa, com uma postura
de vida ecológica, sucumba ao cancro. São em elevado número e todos recentes:
no entanto não há números, nem dados: não foi realizado nenhum estudo de
impacto humano. E a relação efeito/causa só é possível no tempo; ou seja,
precisamos esperar que os Alentejanos morram para ser correto referir o nome “GENOCÌDIO”.
O que é certo é que os alentejanos estão doentes e
a morrer: quer pelo ar que respiram, quer pela água que bebem, quer por serem
vaporizados por produtos químicos. Sem respeito pelos PDMs (Plano Diretor
Municipal), as culturas superintensivas e hiperintensivas entram dentro do perímetro
das localidades e engolem as habitações. Todas as noites, em períodos
prolongados, são vaporizados com produtos químicos.
O Serviço Nacional de Saúde já se pronunciou, no que se
refere aos olivais do distrito de Beja, e considera necessário e
obrigatório estabelecer medidas de intervenção e correção à sua instalação,
pelo seu impacto negativo na saúde pública.
No
litoral, muitas mensagens recebidas e as recentes análises da APA , sugerem uma
utilização de químicos que vai, excessivamente, além do permitido por lei e que
as praias, da zona em questão, não estão próprias para uso humano: as escorrências
contaminaram todo o areal.
Se
pretende refrescar-se, não utilize as águas destas praias; segundo muitos especialistas
e as recentes divulgações de estudos da Agência
Portuguesa do Ambiente (APA), é tão excessiva a carga de químicos
aplicados que se encontram altas concentrações de elementos cancerígenos
(provenientes de produtos proibidos em toda a Europa mas aplicados no
Alentejo).
Esqueça
as piscinas, por todo o Alentejo, se os aquíferos estão contaminados por
produtos cancerígenos: a sua piscina, também, está.
Associação Natureza Portugal, representante do Fundo Mundial para a Natureza (WWF na sigla internacional) faz o alerta num comunicado divulgado esta quarta-feira, por ocasião do Dia Mundial da Biodiversidade, afirmando que "Portugal está a viver da água que não tem". A organização ambientalista avança também uma série de recomendações para travar o problema.
Para a ANP/WWF é necessário conservar os ecossistemas aquáticos saudáveis e reabilitar os outros, não financiar novos regadios em zonas de escassez, nem as situações que não garantam sistemas de uso eficiente da água.
O ar
O ar nauseabundo,
gorduroso, pleno de poeiras cancerígenas, não permite uma vivência condigna.
"Quando me assoo: vem sangue. Investi numa prisão provocada por AZPO/Migasa" - Fernando Pereira; Fortes: Alentejo. |
No meu entender,
existem cinco grandes causas:
- as três, excessivamente poluentes, fábricas
de transformação do bagaço da azeitona tornam irrespirável todo o ar, numa zona
entre Cuba e Mértola; mesmo quando as máquinas param (dois meses no verão), os
depósitos, a céu aberto, mantêm um ar gorduroso e com cheiro a esgoto muito
intenso, por toda a região, numa extensão de centenas de quilómetros quadrados;
- as pulverizações, constantes, com produtos
químicos (muitos proibidos na Europa), a que são sujeitos os olivais
superintensivos e hiperintensivos e, consequentemente as pessoas (os olivais
ultrapassaram o perímetro dos povoados), tornam irrespirável todo o ar, numa
zona entre Cuba e Mértola;
- as
pulverizações, constantes, com produtos químicos (muitos proibidos na Europa),
em toda a faixa do Parque Natural do Sudoeste Alentejano;
- as
pulverizações, constantes, com produtos químicos nos amendoais, vinhas e outras
culturas superintensivas;
- aquando da
floração de toda esta mancha de culturas superintensivas e hiperintensivas, o pólen, contaminado por produtos altamente cancerígenos, esvoaça até atingir a
respiração humana, originando graves problemas respiratórios e pulmonares.
Fortes
A indignidade maior surge na
localidade de Fortes Novas. E não sei
como a escreva, de forma a transparecer a verdadeira dimensão de tão grande
crime que ocorre no meu país. Ali, a morte é um bem conseguido em vida.
Definha-se,
numa poluição tão intensa que não deixa ver a pessoa com quem dialogamos. São
sobretudo idosos, envergonhados e doridos pela morte que chegou quando o
coração ainda bate e a mente sabe que não há saída de um crime monstruoso,
praticado com o consentimento dos órgãos de poder e de um país que não podia
permitir esta aberração. Permanentemente, não há ar.
No início, durante 10 anos,
chamavam-lhe parvos e referiam que o fumo era vapor de água. Os órgãos de poder
negavam, as fábricas de transformação do bagaço negavam, as primeiras análises
foram efetuadas no único dia do ano em que o vento levou a poluição. Após muita
luta, por parte algumas pessoas (muitas choram no anonimato, ameaçadas ou com
medo de perder o transporte, à quinta feira, que lhes permite sair da povoação)
a fábrica reconheceu que o vapor de água era mais denso e construiu uma nova
chaminé. No entanto, esta e as outras duas continuaram a poluir, de forma
medonha, as pessoas que vivem a 200 metros (134 metros, no caso da Dona Rosa Dimas).
"Não se consegue viver" - Rosa Venâncio, Fortes, Alentejo |
Devíamos combinar um dia e irmos
todos, Portugal em massa, a Fortes. Acreditem, quem lá vai não precisa de
análises: prefere a morte rápida a ter que respirar aquilo todos os dias, a
todas as horas, a todos os minutos, a todos os segundos. É, sem sombra de
dúvida o crime mais hediondo que se possam praticar.
Assoam e cospem sangue, vivem enclausuradas
na poluição que têm dentro de casa; evitam a rua porque intensifica estes
sintomas e o ardor nos olhos e garganta. Não saem de casa, não convivem com
os vizinhos, não veem outros seres
humanos, estão sós, prisioneiros do desenvolvimento económico e da ganância
alheia.
Choram doridos, morreram.
"O meu cuspo é sangue, Quero recuperar a minha saúde" - Rosa Dimas, Fortes, Alentejo |
Aplicaram as poupanças de uma
vida num Alentejo puro e são; são idosos, viviam da reforma e das hortas; hoje,
em fome envergonhada, sem recursos financeiros, estão prisioneiros e é o sangue
que lhes sai das entranhas.
Finalmente, em junho de 2018, a
Agência Portuguesa do Ambiente (APA) fez análises e deu a conhecer os
resultados:
“Poluentes químicos associados a emissões confinadas e
difusas”. Na composição química das partículas libertadas pela actividade da
fábrica de bagaço de azeitona, foi identificada a presença de “monóxido de
carbono, dióxido de enxofre, compostos cancerígenos (hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos) e outros gases (amoníaco, ácido sulfídrico e sulfureto
de metilo”. Perante este e outros pareceres, incluindo um do Sistema Nacional
de Saúde, foram solicitadas medidas urgentes para que estas pessoas pudessem
viver, o fim dos seus dias, com dignidade. Todos os órgãos de poder empurram
uns para os outros e nenhum faz absolutamente nada, desculpando-se com o
vizinho: judiando com estas pessoas.
Para minimizar os efeitos negativos na população, a fábrica perguntou à população: se queriam óculos, uma capela e arranjos na escola primária. A população respondeu: a escola está fechada; não nos falta visão mas sim o ar; não precisamos rezar, são vocês que decidem se temos ou não: ar.
Há dias, ocorreu mais um congresso para se debater
este tema; provavelmente ainda não sabem que aquelas pessoas estão a morrer de
forma desumana e que era hoje que devia ter acabado a sua agonia.
"Não nos façam sofrer mais como até aqui. Perdemos saúde e o que construímos ao longo da vida." - José Barrocas, Fortes. |
De bradar aos céus, foi a humilhação provocada pelo
senhor José Velez, vice-presidente da Direcção Regional de Agricultura e Pescas
do Alentejo (Drapal), Em conferência, após ouvir o choro destas pessoas, disse-lhes:
“desmistificar papões”; “ambiente é fundamental, mas o desenvolvimento é
crucial”; “desenvolvimento tem os seus custos e as suas facturas” – ou seja, opino
eu, considera aceitável o envenenamento e a morte destas pessoas em troca do
desenvolvimento.
Belos políticos, é muito bem gasto os ordenados que
lhe pagamos. O à vontade é tanto que nem se inibe de aprovar a doença e a morte
de seres humanos, a troco de um desenvolvimento que ocorre não sabemos para
quem. Terá, além do ordenado que lhe pagamos, subsídios dos capitais espanhóis
envolvidos na fábrica? Algo tem que condicionar o que profere, não acredito que
alguém, são mentalmente e livre de palavras empenhadas, possa transmitir concordância
com este atentado à vida.
"Nem podemos estar em casa, dói-me muito." - Maria Joaquina Camacho Caixeirinha |
Após o congresso, a APA instalou sensores para
realizar novas análises ao ar de Fortes: a fábrica, estava presente aquando foi
tomada esta decisão, parou as máquinas; uma paragem que, certamente, durará até
ao final das análises.
Após o congresso, outra importante medida foi tomada: enviar
uma equipa de saúde para analisar a população. Em tons de estou permanentemente
no telemóvel, entre mensagens e joguinhos, foi entregue, a cada idoso, um
inquérito. Afinal, o estudo não pretendia saber as marcas da doença provocada
pela respiração contínua de gases venosos, queria saber se a população era
louca, se poderia recorrer ao suicídio e se pretendia matar os que lhe infligem
tamanha aberração.
No Alentejo, brinca-se, judia-se com a dignidade e a
vida das gentes.
Os solos
Ao
revirar-se todo o terreno, com máquinas pesadas, para se implantar uma única
espécie: permitiu-se a diminuição da infiltração de água nos aquíferos, com
efeitos muito prolongados.
Desapareceram
todas as rochas, incentivando a erosão e inibindo a humidade dos solos.
Modificou-se
o percurso dos cursos de água e a orologia dos solos.
O
não manter as coberturas de plantas rasteiras, controladas apenas pelo gado e
sem mobilizações superficiais, leva à inutilização dos solos e à formação de
deserto.
O desaparecimento das plantas autóctones impede: a
fixação de carbono, o desenvolvimento do ecossistema e a biodiversidade.
A implementação de plantas de uma única espécie e de
crescimento rápido: esgotou os solos.
A maior biodiversidade terrestre situa-se abaixo do
solo, essencial para a produção de alimentos de qualidade nutricional, para a
saúde da população, para a fixação de carbono nos solos (e diminuição do carbono
na atmosfera). Nos solos nus, secos, movimentados várias vezes, como no
Alentejo, a vida extingue-se.
Escravidão em solo português
São oriundos dos países asiáticos, beneficiam de
contratos desumanos, vivem aos 20 e 30 em contentores ou casas diminutas, sem
quaisquer condições sanitárias. Defecam e fazem a sua higiene nas ruas. Os
patrões queixam-se que gastam muita água e luz, obrigam-nos a pagar condições
que não beneficiam; por vezes, o que recebem não ultrapassa o um euro diário.
Ao fim de seis meses são abandonados sem dinheiro para
regressar ao país de origem, é mais económico trazer nova remessa.
Estas pessoas, que procuram uma vida melhor, são trapos
e lixo em solo português. Trabalham horas e horas, sem regalias, dobrados,
agachados, sem poder desviar o olhar de um trabalho duro e inaceitável; são
vítimas de racismo devido ao choque de culturas e a hábitos (que efetuam por falta de meios para o evitar)
que distam do nosso aceitável. Um grave problema
social.
Na verdade, quando os donos das grandes superfícies
agrícolas dizem que os portugueses não querem trabalhar: referem-se ao facto
dos portugueses exigirem o cumprimentam da lei e do código de trabalho.
Referem-se ao facto de querermos trabalhar com dignidade e prestar assistência
às nossas famílias. Referem-se ao facto de nós sabermos que a escravidão humana
é proibida e inaceitável.
Acima de tudo, referem-se ao facto de podermos
denunciar que este e aquele produto são ilegais na Europa. Os exploradores sabem
que podemos denunciar práticas que violam a lei, o ambiente e a vida.
Quem lucra com as plantações superintensivas e hiperintensivas?
A
EDIA, Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A, é uma
sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos (Pública mas anónima?
Faz-vos sentido? A mim: não.) e pertence ao setor empresarial do Estado. Esta
empresa está na base de milhões de euros de prejuízo para Portugal. O
rendimento que obtém da utilização da água não é sequer suficiente para o
pagamento dos custos energéticos e, a energia representa, apenas, 20 a 40% dos
custos totais. A água é vendida por preços bastante elevados, mas muito
inferiores à despesa efetuada. A venda da água é realizada a menos de 30% do seu
custo real (medida ilegal pois não cumpre as normas da Diretiva dos Quadros da água). Se a água for encarecida, levará ao abandono das explorações.
A
contaminação geral, a destruição do património histórico e ambiental e a
inexistência da bela paisagem da planície não permitem o desenvolvimento de um
turismo de qualidade.
Os
empregos estão a cargo de mão-de-obra-escrava proveniente dos países asiáticos.
Uma nova fonte de despesa para o nosso país: a maioria destes trabalhadores são
abandonados, sem meios financeiros que lhes permita regressar ao país de
origem, após seis meses de trabalho: é mais económico trazer novos
trabalhadores. Portanto: o Alentejo continua sem emprego.
Em
Portugal, fica a poluição e a inexistência de recursos naturais. Todos os
produtos seguem para Espanha; quer seja o que resulta das poluentes fábricas de
transformação do bagaço, quer seja o azeite, quer seja produto pecuário, quer
seja produto agrícola. Muitos camiões destroem as nossas estradas num vai cheio
e talvez volte vazio, pela noite dentro, até à vizinha Espanha. Mais um fator a
ser considerado no tão falado desenvolvimento económico.
Segundo
as informações recebidas e algumas verificadas através de pesquisa, no que se
refere ao azeite, o que chega aos nossos hipermercados possuem rótulos
enganosos. Omitem ou referem proveniência errada, tentando ocultar que provêm
de espécies OMG (Organismos Modificados Geneticamente) e não tradicionais.
Segundo várias mensagens recebidas, o azeite virgem não chega ao nosso mercado
e os azeites que o referem, nos rótulos, são enganosos. Há quem refira que o
azeite das nossas garrafas é o óleo que Espanha compra a Marrocos. Perdemos
qualidade mas, para o consumidor, o azeite é cada vez mais caro.
Apesar
de ser um negócio “multimultimilionário”, não é o produtor quem mais lucra.
Intermediários, a partir de Espanha, vendem o azeite virgem aos países
nórdicos, onde 25cl custam quase 30€.
Comummente,
surge o desenvolvimento da economia de Espanha, em detrimento da portuguesa e
com a menção de esgotamento total dos nossos recursos.
Espanha
Por
todo o lado, surge, de forma pouco abonatória, o nome da nossa vizinha
“Espanha”. As mensagens sugerem que é a Espanha que obtém os lucros do Genocídio,
no Alentejo, do seu povo. Portugal paga
os subsídios, com dinheiro do Fundo Comunitário Europeu, esgota os recursos,
fica sem estradas…
Muitas
mensagens referem que as terras são compradas, por espanhóis, em dinheiro vivo,
por 20 vezes superior ao real valor da Terra. Surgem menções a altos cargos do
anterior Governo espanhol envolvidos.
Também
é o Nome de Espanha que aparece associado ao desbaste pleno de todo o
Património histórico e ambiental e ao excessivo uso de produtos químicos, uns
proibidos pela lei portuguesa e outros proibidos em toda a Europa há mais de 20
anos. “É tanto o à vontade (referia uma mensagem) que os espanhóis, abandonam os
recipientes destes produtos tóxicos, com o rótulo, perto das linhas de água e
matam todos os animais que ali vão beber”.
Outras,
ainda, referem que, nalgumas explorações, são retirados os rótulos para que os
trabalhadores não saibam que produtos estão a ser aplicados.
Agricultores
espanhóis não se cansam de repetir, em entrevistas: “Felizmente, no Alentejo,
temos a Terra e a água que quisermos”. Fazendo-nos crer que este solo já não é
Português.
Numa
investigação mais exaustiva, encontra-se a “verticiliose”
A verticiliose é uma doença que se converteu num grande
problema para a olivicultura espanhola, em especial para as novas plantações
que se realizaram no país, nos últimos 30 anos. Na oliveira, a infeção
provoca: morte súbita de ramos ou de
toda a árvore, ou de uma forma menos aguda,
a dessecação das flores e das folhas. A infeção que se propagou por
quase todos os solos do país vizinho, levou os investidores a procurar novos
solos. O Alentejo foi o destino. No entanto, é provável, sendo que as plantas
provêm de Espanha, que a doença já se
tenha implantado no Alentejo e seja a causa do excessivo uso de produtos
fitofármacos proibidos na Europa.
De referir que esta praga se propaga, também e facilmente,
através das águas de rega.
Também, é referido, com frequência, que 99% de todos os
produtos produzidos seguem para Espanha.
A matéria que resulta das poluentes fábricas de bagaço, do
Alentejo, segue para Espanha e é utilizada, pelo país vizinho, em Unidades de
Biomassa para o fabrico de energia: desenvolvendo, assim, a economia espanhola
e não a portuguesa.
A não esquecer: são capitais, maioritariamente, espanhóis
presentes nas poluentes fábricas de transformação do bagaço da azeitona.
Tanto
se ouve o nome “Espanha”, e como o nosso Governo tem feito ouvidos surdos a
todas as queixas que provêm do Alentejo e se demonstra incapaz de terminar com
o genocídio, baseando toda a devassa em “desenvolvimento e economia”, não seria
má ideia pedir ao Governo Espanhol (e ao seu Rei) explicações sobre: O Alentejo
é português ou espanhol? O que se passa no Alentejo? Quem é responsável sobre o
genocídio que aqui ocorre?
Não
seria, ainda, má ideia perguntar à União Europeia: se tem conhecimento do
GENOCÌDIO? Se sabe o que resulta da aplicação dos subsídios que paga a
Portugal?
Somos
portugueses ou espanhóis? Esta é uma questão que urge esclarecer, pelas bandas
do Alentejo.
Conclusão
"Só queremos viver: com dignidade e qualidade de vida. Não quero depender de uma chaminé para sair à rua." - Luzia Santos, Fortes, Alentejo. |
Permitimos
o genocídio sobre um povo e destruímos as condições essenciais a qualquer tipo
de vida, numa extensão tão grande como o Alentejo, de forma gratuita; num país
que tinha todos os recursos para a economia florescer, para permitir uma
vivência com qualidade e respeito por todos os seus habitantes, num ambiente de
respeito pela Natureza, mantendo os seus recursos naturais:
-
a universidade de Évora publicou, esta semana, uma sua experiência que prova
que Portugal não necessitava deste monstro que nos evadiu e que o Olival
Tradicional é muito rentável;
-
as nossas ervas endémicas (utilizadas na alimentação); os produtos das hortas e
explorações de pequena dimensão; o azeite, o vinho, a amêndoa, o nosso peixe
(de qualidade, comprovadamente, única a nível mundial), os nossos frutos, os
nossos enchidos, os queijos e presuntos tradicionais… deram bom nome ao que é
português e fomentaram o interesse além fronteiras. Ao invés de se focar na
qualidade dos produtos e no desenvolvimento sustentável e limpo (no elevado valor nutricional e
económico), produz a quantidade, de forma extremamente poluente (foca-se no baixo valor nutricional e económico).
Portugal esgota os nossos recursos e as
condições essenciais à vida, enganado o próximo durante algum tempo: mata o
país e a possibilidade de um dia se recuperar. Andamos sempre atrasados e a
copiar políticas que falharam noutros países: a Holanda, por exemplo, percebeu,
a tempo, inverteu políticas e está na linha da frente de uma economia
sustentável, produzindo produtos de qualidade. Em suma: se desenvolvêssemos a produção de
produtos agrícolas e derivados de primeira qualidade para países ricos ,em vez
de baratos para países pobres e populosos, tínhamos um indicador de
produtividade material muito superior à media da UE;
-
o extinto Parque Natural da Costa Vicentina, atraía 150 000 pessoas por
ano, num turismo respeitador e cívico: facto que começava a ter reflexos nas
carentes finanças dos alentejanos;
-
o Cante, as gentes, a arquitetura, a culinária, as praias, a simpatia, as
festas, a simplicidade começavam a atrair, a todo o Alentejo, um turismo único
no Mundo: sem megaconstruções ou destruição mas de recuperação da nossa
identidade;
- desaparecem, montados, pastoreios, vegetação … a alimentação nobre dos nossos animais…
Portugal,
estado membro da ONU, assinou e viola, com as políticas que adotou e que
permite que ocorram, os 17 objetivos, da
ONU em prol de um desenvolvimento sustentável.
Fátima (a pessoa que alenta toda a aldeia e não desiste de fazer eco da sua dor); Fortes; Alentejo |
Defende o Alentejo; defende os mares; defende o ambiente; acaba com o GENOCÌDIO:
Partilha até que a mão te doa!
Sem sorrisos;
Guida Brito
Ler também:
Ler também:
Artigo muito extenso da realidade que infelizmente é vivida por muitos Cada vez mais muitos de nós começam a ter a percepção do que se passa à nossa volta OS nossos espaços estão a ser irreversívelmente alterados O benefício não é para quem aqui vive e é preocupante o futuro próximo É muito importante alertar, divulgar para se conseguir ainda alterar algo Bom trabalho Agora também está nas nossas mãos
ResponderEliminarSão Simões Pouco conheço no Alentejo...mas fiquei, depois de ler toda esta informação, muito triste!...
ResponderEliminar," Estamos" a matar o planeta a uma velocidade vertiginosa!...😥😪😓 . comentário de uma leitora no facebook
É uma tristeza o que se está a passar! Água é vida! Mas, ao que parece, a água da barragem de Alqueva troce MORTE! Como é possível isso estar a acontecer? Como é possível os responsáveis por este País estarem a permitir que isso se faça? Só deverá ser por dois motivos: Incapacidade profissional ou ... interesses financeiros para os seus bolsos! Vamos lá agora saber qual deles é?!
ResponderEliminarTalvez os dois!
EliminarA cultura do lucro vai ter que acabar. Estamos a lidar com pessoas diabólicas. Espero mesmo que haja tempo para contornar a sujeira que este bando de animais sem escrúpulos tem criado. Ou as gerações futuras como a minha passarão sérias dificuldades. Tanto ou mais do que no tempo da guerra, da fome e do regime ditatorial, meus caríssimos octagenários, septuagenários e sexagenários, por aí fora, que têm visto as gerações mais novas como nada promissoras, pois é que vamos ser nós a lidar com grande parte disto, e os nossos filhos também.
ResponderEliminarNós, jovens em 2019, já estamos finalmente a ir para a rua a manifestar o natural descontentamento de assistir ao vivo e nas redes à chacina do património natural, cultural e edificado. Estaremos mais pobres nos próximos anos e nós geração dos anos oitenta para a frente vamos pagar bem caro pelo belo serviço que a geração dos trintas, quarentas e cinquentas deixam, as gerações das grandes guerras que cresceram caladas, que não se desenvolveram espiritualmente e que se voltaram hipócritas para deus mas de boca aberta para o materialismo de que se alimentavam no tempo das vacas gordas e que hoje recebem reformas chorudas. Falo exclusivamente desses.
Nós jovens já passamos sérias dificuldades com índices de pobreza maiores entre as faixas etárias. Deixam o capitalismo globalizado, principal responsável dos grandes males deste mundo, a par dos regimes extremistas disfarçados de democracias, resultantes da descrença manipulada e administrada pelos media, nomeadamente o regime de esquerda no país deste inocente povo em que reina a indiferença, entrega-se à ignorância e às desculpas e nem votar vai. Inclusivamente a minha própria geração e puno severamente por ser das que menos vota, porque quem as vai incentivar à sua volta? Esta esquerda da geringonça e mesmo a que começou por preparar isto tudo, refiro-me a esse sócrates que devia ter sido eternamente engenheiro civil em Covilhã, que tem trazido vários sintomas de impunidade e censura, esquemas falaciosos, chantagem e extorsão.
Não esqueçamos o negócio da guerra das grandes potências atuais no Médio Oriente e a mais recente cultura do despojamento das centenas, senão milhares de pobres residentes dos centros do Porto e Lisboa para dar lugar à cidade-espetáculo para o turista que traz as novas notas de duzentos a estrear. O extermínio dos povos indígenas nas Américas foi a charneira decisiva de que vivemos há quinhentos anos na época de Cristóvão Colombo que expropria, que arrasa com a fauna e flora originais e retira aos prezados habitantes deste planeta os seus recursos e o seu direito à vida, sempre em prol do lucro. O negócio do gado é ridicularmente dispendioso e por isso temos que comer mais vegetais e reciclar mais.
No entanto, estamos mais importados com o que a televisão mostra e toda a pompa e circunstância de virem comentar e relativizar tudo tudo tudo isto, mantendo os ânimos debaixo de um véu anestésico. Culpo tudo isto, mas começa em cada um de nós por isso é consciencializar e intervir. Vir para a rua ainda é direito e obrigação, nem que seja para dar o corpo à bala, ao bastão e ao gás lacrimogéneo. Esses cães grandes precisam de controlar as massas, o rebanho que os mantém...
Obrigado pelo artigo, pela elucidação que traz, pela sua extensão e pela paixão na defesa destas pobres vítimas, mais pobres não só de património como saúde. São almas à deriva como muitas hoje em dia que assistem impávidas à autodestruição da humanidade. Cumprimentos e obrigado,
D, 25 anos
Portanto sou dos pós hippies antes dos punks !!! Pois tem toda a razão !!! a comunistada anda há 40 anos a dizer que devia ser assim e devia ser assado ... governaram-se bem no esquema do estado , muitos nem tiraram os cursos mas são todos de esquerda !!!! eu que sou de direita vou tentar não ir parar ao sns e receber mais uns euros para os filhos terem um património e não ficarem sem nada !!! em termos de economia o desastre é total ... o país foi entregue a estrangeiros e está a afundar-se ... https://observador.pt/especiais/crise-castigo-longa-estagnacao-da-economia-portugal/ -------- a retórica socialista comuna agora é vender aos chineses e quando o embaixador se referiu ao presidente chin~es como os DDT apanhou com um processo ... https://zap.aeiou.pt/dono-disto-tudo-xi-jinping-229671 ---- apoio os movimentos dos JOVENS , o novo afasta o velho !!!! força !!!!
EliminarMuito obrigado pelo seu apoio e compreensão do problema que enfrentamos, um grande bem haja e continue assim com essa determinação, não está sózinho!!! cumprimentos, Marco Raposo, Vila nova de Milfontes
ResponderEliminarParabéns Guida. Artigo excelente. Muito ficou por dizer. A realidade é mais dura. A ganância do homem impera até ao dia em que já não haverá homem... Um beijinho
ResponderEliminarParabéns Guida. Muito ficou por dizer. A realidade é mais dura. É a ganância do homem que o levará à destruição. Um beijinho
ResponderEliminarUm bem haja Guida obrigada por mostrar aqui para todos os que se interessam por o nosso alentejo.para que saibam que ja não temos ar puro para respirar nem água potável para beber. Mas temos sim uma imencidao de olivais superintencivos,o nosso alentejo ja so tem praticamente vinho azeite amêndoas esqueceram o pão.
ResponderEliminarAlqueva que veio para bem do Alentejo esta a ser tao mal usada que vai acabar por o transformar no deserto que sempre se ouviu falar.
Pergunto me muitas vezes ate onde irá a ganância desta gente que nos invadiu e que nada de bom nos troxe
Obrigada que nunca se lhe acabe a vontade de denunciar o que de errado encontrar beijinhos Guida
Não teria dito melhor, está de parabéns Gida Brito, está sua reportagem foi das melhores que já li sobre este terrível tema. Devo também dizer que não sei como está população tem conseguido sobreviver a tamanha poluição ambiental, eu própria que sou uma mera jovem estudante tenho pleno conhecimento que está situação é inadmissível, perante esta população que apenas quer viver descansada.
ResponderEliminarToda esta ganância está a matar a pouco e pouco uma parte de Portugal. Que futuro iremos dar aos nossos filhos? Pois ninguém sabe dar resposta a esta pergunta porque nos dias de hoje é difícil pensar no futuro, sendo que a ganância do dinheiro é sempre o kue mais importa.
É incrível como somos poucos os que se mostram revoltados por tamanho crime ambiental.
Devo dizer que pretendo obter respostas as minhas perguntas e principalmente que se encontrem soluções para que a população das fortes e em todo o Alentejo se volte a respirar ar puro.
É deveras intrigante o facto que estarem a roubar a saúde a um povo que tudo o que quer é viver em paz, com saúde, e alegria em viver mais um dia, todo este povo vive num angústia de ter que acordar mais um dia a respirar todo aquele veneno transportado em conjunto com as partículas de pó saídos daquelas chaminés.
Os grandes engenheiros que se dizem sábios na matéria, afirmam a todo o custo que os pesticidas e a adubação que utilizam nas suas culturas intensivas e super intensivas não são prejudiciais pois não podem ser transportados pelo pólen e que estes após um determinado período (dizendo eles que este é curto), os mesmos são eliminados da circulação das águas de consumo.
Todos os agentes polinizadores que tem morrido por conta dos pesticidas aplicados, todas as aves que tem sido colhidas, por conta do modo de colheita do fruto de cada cultura intensiva, tudo isso para os grandes e poderosos engenheiros acaba por passar ao lado. Pois bem a mim e a um cota parte da população alentejana não passa,não pretendo que por conta do sere humano e da ganância que este sere tem entranhada nos ossos, que o nosso Alentejo morra.
Já perdi a conta as oliveiras centenárias que embelezavam os nosso rico e grande Alentejo, que foram arrancadas para criarem uma sede arbustiva de oliveiras de produção intensiva e super imtensiva, para mim isto chega a dar nojo estão a matar uma população gigantesca que já não sabe como agir perante tamanha situação.
Espero que consigamos chegar mais longe e encontrar uma solução para tentar no mínimo mitigar todo este impacto causado pela famosa AZPO na aldeia das Fortes e outras tantas que por aí estão ocultas mas que causam tanto transtorno como está.
Eu quero poder dizer: O ar que respiro é puro... Mas neste momento não posso afirmar tal coisa, pois nem a água que sai pela minha torneira é tão límpida como parece.
Juntos somos mais fortes, vamos se unir até conseguir controlar está situação ambiental e de saúde pública.
Beijo grande Guida continue com as suas pesquisas
Dona Guida, peço desculpa por não me dirigir diretamente a si no meu comentário, mas a um povo que está a ser acorrentado por interesses que se sobrepõem á saúde e bem estar de uma população.
ResponderEliminarEste problema para além de um crime ambiental sobre a população do pequeno/grande povoado de Fortes já não é um problema apenas deste povo, mas de um Alentejo inteiro com mesmo de uma nação.
Um problema não apenas para a população do pequeno povoado, mas um problema de toda uma geração que está a ser afetada pelo egoísmo de alguns como um problema para as gerações vindouras.
Não vamos fazer como a avestruz e enterrar a cabeça na areia e fazer que este crime não nos afeta e esquecer que aqueles que mereceram a confiança de um povo ainda há três dias andavam por aldeias e vilas, mercados e feiras apregoando aos quatro ventos com promessas e mais promessas pedindo o nosso voto e que hoje sentados nos seus pedestrais já esqueceram todo esse mar de promessas.
Meu povo, minha gente:-não podemos esquecer a história como a Yróchima e outras bombas, a cólera e outras doenças a 1ª e a 2ª guerra mundiais. Não podemos ignorar que a próxima guerra não se irá contabilizar em numero de espingardas, mas em novas doenças sem cura.
Meu povo:-
Chegou a hora de nos fazermos ouvir e pedir contas a quem de direito.
Chegou a hora de exigir a quem de direito que faça cumprir a constituição.
Chegou a hora de dizer BASTA.
Dona Guida, peço desculpa por não me dirigir a si diretamente, mas a um povo acorrentado por interesses que se sobrepõem á saúde publica e bem estar de uma comunidade.
ResponderEliminarUma comunidade que vai muito alem do pequeno povoado de Fortes, mas de uma população do nosso Alentejo e de umas quantas gerações vindouras que já estão pagando por tantos devaneios daqueles que em vez de defender a quem os elegeu vê apenas a possibilidade de ver o seu nome inscrito em interesses conjunturais e nada mais.
Não vamos enterrar a cabeça na areia tal avestruz como diz o povo e fazer de conta que nada disto nos afeta ou nos diz respeito, mas elevar a nossa voz e o nosso grito de revolta lembrando que ainda há três dias atrás andava um mar de gente por aldeias e vilas, feiras e mercados fazendo promessas e mais promessas e que hoje sentados nos seus pedestrais apenas se esqueceram ou comemoraram o terem enganado toda uma população.
Meu povo:-não vamos esquecer Yrochima, a 1ª e 2ª grande guerras, a cólera e outras doenças nem esquecer que a próxima guerra não se ira contabilizar pelo numero de espingardas, mas por umas quantas mais doenças sem cura.
Meu povo:-
Chegou a hora de nos fazermos ouvir.
Chegou a hora de responsabilizar a quem de direito dirige os destinos de uma nação.
Chegou a hora de exigir a quem de direito que faça cumprir a constituição.
Chegou a hora de dizer:-BASTA.
É de facto muito triste ter governos que nada fazem pelo seu povo, desde há muito tempo, e ainda pior ver também a juventude que hoje tem liberdade não ter em conta os custos da geração que lutou para hoje a ter, o Alentejo é hoje uma mostra daquilo que o capitalismo tem em mente o esteminio lento com o conluio dos governantes eleitos por nós, pena que pague o justo pelo pecador.
ResponderEliminarJá estavamos deixados ao abandono, mas como o extermínio estava lento chegou agora o olival intensivo, pesticidas em abundância, que nos destruirá a fauna e a flora. O povo das Fortes vivem numa espécie de ensaio de Campo de Concentração, onde as pessoas deixaram de fazer a sua vida normal, onde vivem fechadas em casa e vêm a sua saúde a degradar-se. Mas, a quem interessa isso? É no Alentejo
ResponderEliminarInfelizmente o tema diário em Portugal é desalento. Felizmente leio artigos como o teu que faz acreditar que há gente boa , sábia e principalmente preocupada que não se cala e escreve excelentes artigos como este que desejo que desperte alguma consciência.
ResponderEliminarNo nosso mundinho do faz de conta que está tudo bem...há alguém qye vê a realidade...Obrigada Guida
Depois das últimas notícias de ontem, em que, o presidente da agência portuguesa do ambiente assumiu que a fábrica de Fortes não cumpre a lei, do que se está à espera de suspender a laboração dessa unidade fabril?
ResponderEliminarLutar por um País mais verde...não é a mesma coisa! Falta informação ao Senhor Presidente da Autarquia...e a todos os que o aplaudem! O Alentejo está a ficar desgraçado! Está tudo (e todos) vendido... à ignorância! Será por acaso...de que partido?! O Senhor PM deve dar uma volta aos "associados" e responsáveis pelas pastas ministeriais se quer garantir o combate à corrupção...e projectar um País renovado, vivo e não desertificado e "queimado" quimicamente! Vendeu-se tudo ao grande capital intensivo...gota a gota! E a gente pagou, continua a pagar e ficamos a ver! Não era este o Alentejo da barragem de Alqueva, com certeza, que se pretendia. Agora...nem trabalho há. O pessoal queria as 8h...agora vai comprar - se puder - azeite a Espanha e produtos vários de "origem" alentejana! (Bem falava o outro senhor no deserto que o Alentejo era! De facto não era mas teme-se que seja!) Ordenamento do território, ministros de agricultura e de economia e do ambiente (do bom ambiente) precisa-se! Urgente! E não papagaios armados em lavradores de fim-de-semana! (A talhe de foice: mais pra Norte, a cena vai repetir-se com a exploração intensiva de...lítio e outros minérios! E o Conselho de Ministros eo Senhor Presidente do Conselho aprovam diplomas que suspendem as medidas preventivas de mais estragação a troco de umas pilhas ruins em todo o ciclo de economia circular - que é um neologismo da economia em cabeça tontas e aves repetidoras! A modos dos TBD que no entender de sexas são territórios de baixa densidade sem lítio e com encanação gota-a-gota! E depois vem o pr queixar-se de abstinência quando a gente já está no jejum!)
ResponderEliminarObrigado, Guida...
ResponderEliminarEste texto infelizmente é real e urge alertar todos para esta calamidade que nos fará pagar bem caro num futuro bem próximo.
A quem interessa destruir o Alentejo ? A quem interessa destruir Portugal ?
Os nossos políticos andam distraídos ou não podem mesmo fazer nada contra isto ?
Obrigada pela coragem de expor está situação Guida. É assustador como banalizamos a permissividade da destruição do ecossistema do qual somos um mero reflexo, à nossa volta.... Como a alguns tudo é permitido.... A passividade instalada, com que todos compactuamos de olhos e boca fechados e orelhas tapadas! Como chegámos a este ponto?
ResponderEliminarSem dúvida que a realidade consegue ser bem pior que um filme de ficção
e fazer chegar estes dados a grandes meios de comunicação social -como o excelente jornalista José António Cerejo ou Ana Leal da TVI ou a Sexta às Nove da RTP1 são excelentes e podem ter alguma influência. Se o crime é grande há que gfazer chegar a informação a quem tem meios para fazer frente aos fortes interesses e isso só a , digamos , "grande " comunicação social . Obrigado pelo seu trabalho e sirva a esses jornalistas que já têm dado provas de serviço público
ResponderEliminarDe tout cœur avec vous
ResponderEliminarLI...E ESTOU ARRAZADO! EU QUE ADORO O ALENTEJO! HOJE FAREI UM PROGRAMA NA MINHA WWW.MAISRADIO.COM, ÀS 17H DE LISBOA. APRESENTADOR DE RADIO MANUEL JORGE
ResponderEliminarJá me tinha deparado com a destruição do Parque Natural do Suduoeste - suposta zona proteguda onde não se podia construir nada - e pela sua substituição por estufas de empresas americanas e canadianas. Já várias vezes tenho tentado difundir este facto nos redes sociais para alertar os mais desatentos.
ResponderEliminarMas ainda não me tinha dado conta que o problema é tão maior e tão mais profundo! Isto é um horror! Como é que não há poder juridico para impedir isto? Quem é que autoriza estes negocios? Que politicos são estes? E as leis à luz da União Europeia, onde ficam? Como é que ninguém se insurge? Onde anda a QUERCOS, a DECO, e demais associações? É preciso fazer algo, urgentemente!
O que está a acontecer no Alentejo é uma cópia fiel do que está acontecer ao mundo em geral. Uma corrida desenfreada pelos últimos locais com algum potencial em termos agrícolas, ainda intactos. Mas a anedota mesmo é que, para resolver o problema alimentar dos humanos, se recorra a técnicas de produção que resultam em mais doenças, abandono, desertificação, infertilidade, levando, a médio prazo, á extinção de vida nessas regiões. Não é caricato tudo isto? Para alimentar os habitantes da grande urbe, eliminam a vida das pessoas do campo..... Quem está por detrás de tudo isto? Eu não acredito na Teoria da Conspiração, mas alguém está a orientar o mundo nesta direção!!!!!!!!!!!!. Faz-me lembrar a anedota que, anos atrás, corria por aí...O ex-presidente do Brazil, Costa e Silva, conhecido pelas suas gaffes, num dos seus célebres discursos disse: O BRAZIL ESTÁ Á BEIRA DO ABISMO MAS, COMIGO, VAI DAR UM PASSO EM FRENTE.....AHAHAHAHAH
ResponderEliminarGratidão imensa pela partilha e por trazer consciência a todos nós relativamente a esta tão triste realidade. O meu coração está com todos vós que sofrem com estas mudanças e destruição em nome da ganância e da inconsciência. Amo o Alentejo, Portugal e o nosso Planeta. A tristeza invade a minha Alma... Como é que é possível tamanha falta de visão? e desrespeito total por tudo o que temos de mais precioso? É urgente agir! Existe algo que possamos fazer para ajudar? (para além de partilhar?) Onde andam a QUERCUS? a ZERO? etc? Todos os apoios são essenciais. Será que uma petição nacional ajudaria?
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJa contactaram a QUERCUS ou o PAN? Nao havera alguem ou uma associacao de cidadaos que possa levar isto ao Tribunal Europeu?
ResponderEliminarUma peticao nacional sem duvida que iria criar traccao e pressionar os governos locais e instituicoes que deveriam fiscalizar e criminalizar OS escandalos aqui descritos. Contudo eu acho que isto deveria ir ao nivel de tribunal europeu. Havera alguem que possa contactar o PAN, a QUERCUS e todas as organizacoes que possa fazer campanhas e intervenir legalmente? Uma associacao de moradores das regioes mais afectadas?
ResponderEliminarTemos que resolver enquanto é tempo vamos fazer uma petição e resolver o que se passa já chega de escravidão no Alentejo já que a justiça nada faz faz o povo
ResponderEliminarTem que ser o povo a resolver já que a justiça é cega chega de escravidão
ResponderEliminarInfelizmente temos este panorama dos donos a vender tudo e a comprar carros alemães para ir mostrar no café da esquina ... os estrangeiros , alguns com exércitos invadem a planície para extrair produção rápida e compram relatóros para apresentar ao estado ... nos papéis é tudo muito bonito . A polícia teria que começar a prender esta cambada toda para averiguar o que andam a fazer mas se são os DONOS DISTO TUDO estão protegidos por lei . O socialismo democrático com remendos sociais democratas em 40 anos deu UMA DÍVIDA GIGANTESCA já acima de 750 MIL MILHÕES DE EUROS !!! só os juros são 8 MIL MILHÕES ano !!!!! a seguir temos uma população envelhecida e sem capacidade de combate , os jovens não conseguem vida própria porque o MADE IN CHINA para tudo destrói a capacidade produtiva interna ... emigram e não voltam !!!! ISTO SÓ TEM UMA SOLUÇÃO !!! um MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA , todos para as câmaras municipais , greve total do país e EXIGIR QUE PONHAM AS COISAS A FUNCIONAR senão é mais do mesmo CHAMUSSAS !!!!! nas eleições vão lá meia dúzia e ganham " a maioria de esquerda " com 27 % dos votos !!!! as empresas vão para falências e as administrações um desastre .... temos de ter um conjunto de pessoas que resolvam os problemas em todas as áreas e acabar com a partidocracia que só garante TACHOS E PANELAS !!!!! por último quanto aos esquerdas que agora andam todos contentes nos casamentos do mesmo sexo .... ISSO F:::: AS FAMÍLIAS e destrói o tecido social com DOENÇAS !!!!
ResponderEliminarTrabalho incrível, como nunca tinha visto, de tão abrangente e completo.
ResponderEliminarParabéns
Excelente trabalho! Parabéns!
ResponderEliminar