terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Os 3 americanos - uma história verdadeira para ler no Natal

Nepal

     Três ex-militares americanos serviram os interesses do seu país no Afeganistão. Apaixonaram-se pelo povo e conscientes das suas dificuldades decidiram apoiar o desenvolvimento da agricultura - esta é a bandeira da sua firma e o que ajuda o consumidor a decidir-se entre o seu e outro produto similar.
     A consciência descansada que ajudámos ao bem maior, nem sempre nos encaminha no sentido correto de desenvolver, nos povos, atividades que garantam o seu sustento. Após uma ideia inicial, desenvolvida com sucesso por alguns grupos de coração gigante, de desenvolver competências para subsistir (evitando a exploração e a necessidade de caridade) surgiram milhares de seguidores que, em nome do bem e do dou isto ou aquilo, nada mais fazem do que tornar escravos homens livres.
     Voltemos aos americanos e ao seu sentido humanitário: ao serviço da América, no país Afeganistão, constataram a existência de açafrão – a melhor especiaria do mundo; vendida a preços diamante devido à sua especificidade de obtenção e recolha. Fizeram uma parceria com os agricultores locais e criaram uma empresa: obtêm uma grama de açafrão por 8 dólares e vendem-na por 35 dólares.
     Cada grama de açafrão requer 150 horas de trabalho. Antes de financiar o bem através de mãos alheias, há que fazer uso das nossas capacidades pensantes: dos 8 dólares do custo por grama, um dólar e pouco paga 150 horas de trabalho e os custos de produção. Não creio que o desenvolvimento assente nestes ideais; cheira-me a “destruímos e agora usamos” – cheira-me a regresso ao escravo ocultado em nome do bem.
     Se cada um de nós, se envolver, cada vez mais, na ajuda presente ao seu semelhante, talvez o Mundo seja um sítio melhor. 



     Conscientes da história que se repete, indignamente, pelo Mundo: podemos descartar a situação; podemos enviá-la para o segundo plano das nossas famosas sinapses; ou, podemos usá-la na consciência do mal que provocamos por uma ação não intencional. Quando ajudo sem envolvência: financio criminosos; incito ao enriquecimento indevido; permito a acumulação de capitais; torno-me mais pobre; e, impeço a ajuda humanitária - por parte daqueles que se doam de forma a que um pouco da primavera nasça nos mais áridos locais do Mundo.



Seja e faça feliz

Sorrisos

Guida Brito

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

A Beleza e o nariz do boneco de neve

As palavras não se definem


Uns sorriem perante o sonho da Beleza de um bonito cartão de Natal, repleto de neve e de um querer que povoa os sonhos. Aconchegam-se no cantinho do “saber-me-ia tão bem”:  o crepitar da lareira; o cheiro do derreter do queijo; a cenoura do velho boneco de neve; o homem das barbas que faz  jus ao “portei-me bem”; as risadas das crianças; o saco vermelho que me fará feliz

Outros… bem ,outros agoniam e vivem, por um fio, no lado inimaginável e não visível dos nossos quereres. Na neve, o frio gélido queima as extremidades mais sensíveis e invade a vida destruindo sonhos.  O movimento aparenta excessivo cansaço e a Beleza anseia despertar num cantinho ao sol. Querer, aqui, será, somente, sobreviver ao momento infindável da agonia. 

O que é, de facto, a Beleza? As palavras não se definem; nem nos definem. São os atos perante o imprevisível que espelham o nosso ser. A beleza é um ato – o ato de partilhar o nosso bem-estar e o aconchego do  nosso quentinho;  a temperatura amena que envolve: impedido que o Olhar se sobreponha ao Ver (abraçando os dois lados conclusivos da experiência).

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

1º ciclo - para refletir



O que se exige aos alunos e professores do primeiro ciclo: é  excessivamente violento, desadequado e desnecessário. Um dia, haverá coragem política para privilegiar o saber, o querer, a felicidade e o gosto. No entanto, há que ser conscientes que iremos pagar muito caro os erros do presente.
Um povo infeliz e inculto é um povo morto - será essa intenção subjacente ao evidente errado?

Sem sorrisos
Guida Brito