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domingo, 7 de julho de 2019

Marketing alentejano: HOJE, TEMOS BIFES DE ELEFANTE”.





A Ti Maria Inácia Pôncio Sarilho tinha uma casa de pasto “Ó comes o que há, ó passas fome”. Não tinha clientes e apostou num marketing inovador. Uma grande tabuleta ocupava a entrada do seu estabelecimento comercial: 

HOJE; TEMOS BIFES DE ELEFANTE”.



Um caixeiro viajante decide provar tão exótica iguaria. Pede um bife de elefante e a Ti Maria Inácia Pôncio Sarilho responde:
- Hoje, nannnn têmos.
O caixeiro viajante acaba por comer uma salada de tomate com peixe frito. O que havia.

Passado 15 dias, retorna à casa de pasto da Ti Maria Inácia Pôncio Sarilho.
O letreiro mantém-se e ele repete o seu pedido, ansiando tal degustação.
A Ti Maria Inácia Pôncio Sarilho responde:
- Hoje, nannnn têmos.Temos chispe cozido, acompanhado com linguiça e toicinho. O pão tem dois dias qu’o tio Miquelino Pôncio  Sarilho tá doente das ómerródias e não tem feto pão.



Durante um ano, o caixeiro viajante, na ânsia do bife de elefante, vai, quinzenalmente,  ao “Ó comes o que há, ó passas fome”. Bifes nem vê-los e, um dia, reclama:
- Há um ano que ali vejo o letreiro dos bifes de elefante e nunca há.

Ti Maria Inácia Pôncio Sarilho responde:
- “Ó comes o que há, ó passas fome”.

Outras andotas dos Pôncio e Sarilho:

O Ti Jacinto Pôncio Sarilho e as estirpes sociais

O Xico agricultor


sexta-feira, 5 de julho de 2019

O Ti Jacinto Pôncio Sarilho e as estirpes sociais

As aventuras dos Pôncio Sarilho; anedotas; Paulo Brites; Navegantes de Ideias

O Ti Jacinto Pôncio Sarilho foi convidado para ir a um evento num hotel todo finório, aqui pelo Alentejo. Não conhecia ninguém e, como bom alentejano, senta-se numa mesa. Pede um tinto e pergunta ao empregado se tinha um bocadinho de toucinho entremeado para acompanhar o tinto.




O empregado, educadamente, diz:
- Cavalheiro, peço desculpa mas nós não servimos coisas dessas! Poderei trazer uma empada de frango de aviário que é uma maravilha. Ou então, um croquete de paté de salmonela, enrolado em algas verdes e sobre uma cama de salada Parisiense.
O Ti Jacinto, porque pertence a uma “estirpe” diferente dos frequentadores e degastadores de tais iguarias, responde, também,  educadamente:
- Obrigado, eu bebo o tinto a seco.

Entretanto, não havia mais mesas livres e uma loira toda jeitosa e cheirosa, daquelas que têm silicone nas “partes” e aparecem nas televisões e revistas da moda, senta-se ao seu lado.   
O Ti Jacinto Pôncio Sarilho, para ser simpático, mete conversa com tal beldade.
- A senhorita já viu a noticia que está a dar na TV? É um homem que estás prestes a atirar-se do 10º andar!



- Você acha que ele vai saltar? – Responde a loira jeitosa e cheirosa.
- Eu aposto que vai saltar! – Diz o Ti Jacinto Pôncio Sarilho
A loira jeitosa e cheirosa, responde:
- Bem, eu aposto que não vai.
O Ti Jacinto Pôncio Sarilho, pôs uma nota de 20 euros na mesa e exclamou:
- Vamos apostar???
- Sim!!!
Logo que a loira jeitosa e cheirosa colocou o dinheiro na mesa, o homem atirou-se e morreu no momento em que se esborrachou no solo.

A loira jeitosa e cheirosa ficou muito aborrecida mas aceitou a derrota:
- Aposta é aposta. É justo. Fique com meus 20 euros.
O Ti Jacinto Pôncio Sarilho, respondeu:
- Não posso aceitar o seu dinheiro. Eu já tinha visto a noticia no noticiário das 18 horas. Eu sabia que ele iria saltar.
A loira jeitosa e cheirosa, responde:
- Também vi, mas nunca pensei que ele saltasse outra vez.

O Ti Jacinto Pôncio Sarilho, em jeito de humor alentejano, solta uma gargalhada e diz:
- Tem que vir passar mais tempo aqui no Alentejo, é que nós, somos de outra “estirpe”.

Paulo Brites
Outros escritos do autor:
O pinto do Padre Gervásio Pôncio Sarilho
Conselhos de leitura:
Cinha Jardim e as estirpes sociais: respostas do Alentejo.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

O pinto do Padre Gervásio Pôncio Sarilho



AS aventuras dos Pôncio Sarilho - Paulo Brites - Navegantes de Ideias


O Padre Gervásio Pôncio Sarilho tinha um pinto (um pintaínho...!!!) como mascote! Era o Valente Pôncio Sarilho!

Certo dia, o pinto Valente Pôncio Sarilho desapareceu. O Padre Gervásio Pôncio Sarilho achou que alguém o tinha roubado.

No dia seguinte, na missa, o Padre perguntou à congregação:
- Algum de vocês tem um pinto?




Todos os homens se levantaram.
- Não, não, disse o Padre Gervásio Pôncio Sarilho! Não foi isso que eu quis dizer. O que eu quero saber é se algum de vocês viu um pinto?

Todas as mulheres se levantaram…
- Não, não, repetiu o Padre... o que eu quero dizer é se algum de vocês viu um pinto que não lhes pertence.
Metade das mulheres levantou-se.
- Não, não, disse o vigário, novamente, muito atrapalhado. Talvez eu possa formular melhor a pergunta: O que eu quero saber é se algum de vocês viu o meu pinto?
Todas as freiras se levantaram.
- Esqueçam, esqueçam... Vamos começar a missa!

in As aventuras dos Pôncio Sarilho
Paulo Brites