E de repente… assim muito de repente, somos a
geração mais velha e somos todos tão tolos. Vivemos como se fossemos eternos e
as vidas nascessem das árvores, ou dependessem do nosso querer; os umbigos e o
orgulho limitam e inibem o ser humano de vivenciar o que a vida tem de mais
belo: os afagos. Tudo fica cá menos o que o nosso coração transporta.
Desperdiçamos a vida sempre que ferimos os que nos gostam; desperdiçamos a vida
sempre que continuarmos sentados perante as injustiças; desperdiçamos a vida sempre que a mentira reinar; desperdiçamos a
vida sempre que a cegueira nos impedir de enxergar a linha do horizonte, para lá da
ponta do nosso nariz; desperdiçamos a vida sempre que não soubermos amar. Vida,
só temos uma e não é um momento solitário. Faz sentido no momento em que, despidos de farsas, soubermos abraçar. Faz sentido no quero-te, no levanto-me,
no vou, no abraço, no beijo, no amor - tudo o resto são poeiras que temos que
soprar.
Os que partem, antes de nós, fazem-nos sempre muita falta e é a dor que se espelha nas entranhas do nosso ser; não porque não compreendamos o final mas porque o final chegou sempre antes de aprendermos verdadeiramente a amar.
A Equipa dos Navegantes de Ideias deseja-lhe um Ano cúmplice.
Sorrisos
Guida Brito
Sábio é... todo aquele que sabe alguma coisa, sem saber que sabe, coisa alguma.
ResponderEliminar