terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Parto cheinha de nada

     Despi as roupas velhas, os maus fluídos, os pensamentos negativos, as mágoas, o que não me faz bem. 



Despi-me de tudo, despi-me de mim. Joguei no lixo: rotinas, roupa suja, loiça partida, cacos, vassoura, panos de limpeza, água morna, águas frias, metades de coisa alguma, lágrimas indevidas, olhares vazios, “quases” carinhos, almoços de ontem, bocados de parece bem. Livrei-me de casacos, parti muros. Esvaziei o conteúdo, aliviei o ser.



      E parto assim para 2020. Parto assim cheinha de nada. Aos poucos, muito devagarinho, mesmo muito devagarinho, vou-me preencher de momentos insólitos e intensos; de carinho; de abraços sentidos; de beijos correspondidos; de novas forças; de novos mimos; de um mar de sorrisos. 




Assim… devagarinho, muito devagarinho vou-me preencher com inteiros e deixar entrar os sonhos. Vou deixar entrar o que verdadeiramente me preenche e cabe dentro de mim. Vou deixar entrar o que encaixa; o que preenche e sorri.
Sorrisos

Guida Brito
(A melhor amiga de "A")


1 comentário:

  1. Assim… devagarinho, muito devagarinho vou-me preencher com inteiros e deixar entrar os sonhos. Vou deixar entrar o que verdadeiramente me preenche e cabe dentro de mim. Vou deixar entrar o que encaixa; o que preenche e sorri.

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