“Eu Não Sabia” esta é a frase mais recorrente: sempre que
Portugal se encontra perante uma tragédia. E, eu acredito em absoluto na
veracidade da mesma. Claro que não sabiam, são meros reflexos da pornografia
que deixámos que se instalasse no nosso país.
Certificamo-nos, no imediato, após a audição da mera frase,
que os nossos responsáveis políticos não cumprem as funções para as quais foram
eleitos e não têm a obrigatoriedade de cumprimento da legislação (que legislaram)
- em legítima defesa não posso, nunca, invocar o desconhecimento da lei ou das
funções que o meu cargo requer (isto é básico). Como posso compreender que um
político não conheça o seu concelho, distrito ou país? O que é que lá está a
fazer? Em que consiste a sua atuação? E,
quais são as funções de um político que desconhece o seu território e as suas
gentes?
Acredito que, mais uma vez, perante a tragédia: não
haverá culpados. E a justiça estará certa: NÂO HÀ CULPADOS”.
Li muito do que se
escreveu e, tal como vós, estou com a cabeça a latejar perdida nos nomes e nas
passagens do disto e daquilo. Percebi que a ilegalidade e a insegurança estavam
presentes há tantos, e tantos, anos que a solução foi passar as
responsabilidades de capela em capela e mudar os nomes às coisas – sempre beneficiando
as grandes empresas (claro) passando para último plano as vidas humanas. São
tantas as entidades envolvidas que ficamos conscientes do dinheiro que
esbanjamos, em vencimentos, que apenas nos encaminha para a morte.
Penso que qualquer político que refira o desconhecimento da realidade, desta região, não deveria ter iniciado funções - pelo que li, esta frase abarca a maioria dos existentes em Portugal.
Nunca haverá culpados, perante qualquer tragédia, porque a
legislação e as mudanças são efetuadas com o único fim de se perder o fio à
meada (isenção de culpas por desconhecimento do prevaricador) e beneficiar o
amealho de dinheiros por parte de meia dúzia. A nossa legislação e as mudanças
sistemáticas nunca resolveram qualquer problema do nosso país: ampliaram-nos.
Sem sorrisos
Guida Brito
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