quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A discussão da eutanásia não é mais que o desvio do olhar: omitindo o chocante


Sem sorrisos - Guida Brito -  Navegantes de Ideias

É um tema importante, mas de decisão pessoal. Nenhum de nós, seres pensantes e plenos de todas as faculdades, está perante o sofrimento atroz, que fala mais alto do que o estar junto dos tão amados, que ditaria pensar sobre o assunto. Controvérsia pura, sem a experiência não saberemos responder, nem questionar as nossas convenções pessoais ou o perigo do mascarar assassinatos com interesse vital em alguns bolsos (legalizar o impensável).




O tema, surgido como que do nada e de modo a chocar, não quer mais do que ocultar os meandros obscuros da sociedade portuguesa. Ocuparmo-nos, impedindo a visualização do que de facto diminui a nossa qualidade e dignidade de vida.

Cá para mim, eu que sou pequenina e sem peso que pese na mudança da corrupção nunca antes vista na sociedade portuguesa, há assuntos que o estado não quer que sejam vistos ou falados, assim: tomem lá a eutanásia e desentendam-se com ela; enquanto isso ninguém vê:




- o genocídio do povo alentejano:

- a Dona Rosalina Dimas que doente da poluição foi obrigada a sair de casa sem nada, com a roupa do corpo (nem casa ou subsídio mereceu):

- o povo de fortes que está a ser dizimado pela poluição de um azeite que até dizem que é o melhor do mundo;

- o envenenamento dos alentejanos com os químicos dos olivais, estufas, amendoais e afins;

- os milhões da “princesa” que ninguém os percebe;




- a destruição plena do património histórico e ambiental;

- o adeus aos sobreiros;

- os bancos que vão precisar de novas injeções de quantias astronómicas dos dinheiros do estado;

-que a resolução dos Senhores primeiros ministros permite casarios junto ao mar, no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa vicentina, e legaliza a escravidão;

- que as culturas intensivas vão atingir limites tão superiores ao já impensado que todo o Alentejo será desértico;

- que os bebés nascem nas ambulâncias e  que os médicos, em Portugal, são tão raros como os hospitais;

- o lítio ou sabe o seu futuro:

- o aeroporto do Montijo, cujas aves se preparam para fazer cair  quem lá tentar pousar;
- ….
Posso continuar mas vocês deixam de ler, não é fácil aliar os problemas do dia a dia, pela falta de educação, justiça e serviços de saúde, com a preocupação de uma sociedade que quer isso mesmo (não dar conta da nossa vida inibe intervenções nos setores que as resolveriam).




Eu, euzinha que sou pequenina, e sem peso que pese na mudança do fundamental, lamento que a democracia discretamente se tenha transformado em Oligarquia (A oligarquia é caracterizada por pequeno grupo de interesse ou lobby que controla as políticas sociais e económicas em benefício de interesses próprios.[2] O termo é também aplicado a grupos sociais que monopolizam o mercado económico, político e cultural de um país, mesmo sendo a democracia o sistema político vigente- Wikipédia).

O que sei é que nunca houve um governo tão pouco preocupado com as pessoas, com a sua qualidade de vida, num desrespeito profundo pela Constituição Portuguesa.
Sem Sorrisos
Guida Brito


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