sábado, 14 de março de 2020

Coronavírus: a verdade

Coronavírus, Guida Brito, Sem Sorrisos, Navegantes de Ideias


Sempre que escrevo, pesquiso e tenho por base pessoas credíveis: é sempre a verdade que pauta a minha forma de ser e o que transmito nos meus escritos.


 Relativamente ao Covid 19, não é fácil pesquisar, pois os governos omitem os números verdadeiros e são esses, os não reais,  que nos são disponibilizados. 


No entanto, pensemos: é muito estranho que a China se decida a construir um hospital de campanha em 10 dias, quando o número de casos rondava a centena de pessoas infetadas (num país onde residem tantos milhões); assim como, noutros países números pequenos dessem origem a medidas drásticas. Uma pandemia decretada, fecho das escolas em toda a Europa e pelo Mundo fora… mas os números a que temos acesso quase que desacreditam a pandemia e nos descansam no “não deve ser tão grave”. 

Os supermercados esvaziam (o papel higiénico vai na frente – sabe-se lá porquê, o vírus dá febre e não cag#$#%%$) mas as pessoas não perderam os hábitos sociais, apenas brincam com cotovelos e “sim senhores” em modos de cumprimento e em tons de gargalhada.



Por algum motivo, as pessoas confiam na minha escrita e são muitos os que me contactam pedindo que escreva verdades ocultadas aos portugueses.

 Desta vez, não foi exceção, vários profissionais de saúde, com medo e de forma incógnita, relataram-me o que o Governo não veicula e a comunicação social não transmite. Relatos idênticos ao último que recebi. 

Uma voz comovida e de choro (confirmo ser um profissional de saúde) pede-me que alerte todos para ficarem em casa e se por algum motivo saírem, ao chegar a casa, desinfetarem-se, incluindo roupas e calçado. Diz ter acesso aos números reais: há milhares de infetados em Portugal e muitas mortes (informações não transmitidas pelo governo). Diz ter acesso a Tacs e exames e, enquanto profissional de saúde, nunca tinha visto algo assim. Refere que o vírus destrói os pulmões em dois dias e que a situação é muito, mas muito, muito mais grave do que aquilo que está a ser transmitido.

A ser verdade (eu acreditei, considero idóneo o último relator), todos os cuidados são poucos e que se “lixe”a diminuição do vencimento, em primeiro lugar a vida: devo proteger-me e proteger os meus; ficar em casa é o nosso lugar seguro.

A ser verdade, todas as medidas tomadas pelo governo foram muito tardias e diminutas para fazer face à realidade. O fecho das escolas, a análise das pessoas com pneumonias internadas em hospitais (que foram contaminando, contaminando),  o fim das visitas a lares, o fecho de sítios públicos… deviam ter sido adotadas aquando do primeiro caso porque os governos já detinham informações acerca da extrema gravidade do vírus. 




Nos milhares de casos já existentes em Portugal (a crer nos profissionais de saúde que ouvi): duas recuperaram, muitos faleceram e os outros não se sabe quais são as sequelas com que terão de viver.
Desinfete-se e fique em casa: cuide si, dos seus e dos que não conhece. Não faça parte da propagação do vírus e da morte dos seus e dos que tiveram o azar de cruzar com o seu rasto.

Sem Sorrisos
Guida Brito



Sem comentários:

Enviar um comentário