terça-feira, 4 de julho de 2017
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Viajar de carro pela Europa
Ao contrário do que se possa pensar é
fácil e recomenda-se. Uma aventura ímpar. Há muito que o faço e é o melhor anti-stress
que conheço. Existem, no entanto, algumas regras básicas importantes que
colocam a nossa segurança num patamar mais alto. Não há pressa de chegar; não
há pressa de voltar. A aventura inicia-se
com uma noite bem dormida. Contrariamente à maioria: não utilizo despertadores-
acordo quando o descanso o ditar. Nada de acordar muito cedo e conduzir pela
fresquinha. Conduzo sem o cansaço de uma noite mal dormida. Acordo, tomo café,
um bom pequeno almoço, coloco o meu melhor sorriso e a viagem tem o seu inicio
no preciso momento em que fecho a porta de casa. Na estrada, além de saber
fazer é importante prever o comportamento do outro: apenas um corpo descansado
e uma mente atenta ditam a solução na hora precisa.
Não faço mais que 150 a 200 Km seguidos: uma
paragem, um café e dois dedos de conversa. Não há correrias, nem pressas, há um
vivenciar de todos os momentos. Se a viagem for longa escolho, aleatoriamente,
uma ou duas povoações para visitar durante o percurso. Andar faz apetecer o
conforto do carro e descansa o tão atento que coloco em todos os momentos da
condução.
Em oposição ao pensamento dominante,
ser mulher e só constitui um factor positivo. Uma matrícula portuguesa deixa
claro o quanto dista de casa e isso angaria, de imediato, olhares de respeito.
Outra regra básica; paro e descanso antes do
primeiro sinal de cansaço- na estrada não se brinca. Chego a que horas chegar:
estou de férias e não tenho qualquer tipo de compromisso.
Ultimamente, viajo com a outra metade
da Equipa dos Navegantes de Ideias- o que herdou o ADN de mim; aquele que
também colecciona brilhozinhos no olhar. É o copiloto ideal: cumpridor a
100% da sua tarefa. Não se discute com o
condutor e existe um pronto auxílio em todos os pedidos: água, um quadradinho
de chocolate e uma reposta imediata ao solicitado. Não há censura, nem sorrisos
dúbios: se o condutor pede é porque necessita de auxílio. É também precioso na
ajuda com o GPS: vira aqui ou mais à
frente é sempre bem vindo. Uma mais valia imprescindível no centro das grandes
cidades; onde impera grande confusão de sinalética, luzes e publicidades.
O país vizinho é um bom princípio para
iniciantes do vou com ou sem rota
acordada; rumo à satisfação dos “eus” excessivamente repletos de rotinas. As
estradas são boas (maioritariamente não pagáveis) e existem muitos destinos de
top à distância de dois ou três dias. Como contra: a letra das placas de
sinalização é pequena (dimensão inferior ao desejável); e o formato não é dos
melhores. No entanto, a máxima de 30Km/h, no interior das povoações, ajuda a
efectuar as manobras em segurança e diminui em muito os era por ali.
Por
último, se vai viajar ao volante saiba que vai enganar-se inúmeras vezes e vai
seguir por estradas que o não levam ao destino pretendido. E depois? Aproveite
veja as vistas; confira se o destino que não era destino não o encontra com um
acaso (não os há) requerido. Não havendo
encontros com fadas(os), duendes(endas), príncipes(esas), magnatas(os) ou
outros presentes nos sonhos mais recônditos: respire fundo e com calma retome a
estrada perdida. Nunca se esqueça: está de férias e é feliz. Sorria.
Sorrisos
Guida Brito
terça-feira, 27 de junho de 2017
Inesquecível
Há momentos inesquecíveis: este foi, sem dúvida, um dos mais emocionantes. A ternura do dia não poderia ser melhor representada. Após umas boas centenas de quilómetros de estrada, extenuados mas felizes, chegámos ao topo de Gibraltar e fomos recebidos por uma numerosa e ternurenta família de ladrões e saltibancos. É impossível não sorrir.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
O segredo do Chapéu de palha
Prometemos desvendar o grande segredo que encerra este gracioso chapéu de palha. Então, vamos lá fazer render o peixe e prender-vos- vocês aí desse lado- numa boa leitura às minhas palavrinhas. Lembram-se dos meus troquinhos? Claro que se lembram: andam sempre a espreitar o nosso porta-moedas. Pois é, há 16 dias que vivemos com a módica quantia de três euros diários e comprometemo-nos a fazê-lo durante 30 dias. Temos cumprido, integralmente: só publicámos 13 dias devido ao excesso de trabalho no final do ano letivo. A experiência tem sido um êxito: fizemos as contas e gastamos em cada uma das nossas refeições equilibradas: 0,30€. No entanto, uma das regras do jogo: o dia do meu aniversário não entrava nas contas. E prontosss.... vamos contar: vamos jantar fora e eu precisava de um chapéu. Já sabem. Sabem mas não sabem tudo. Um chapéu é a primeira compra que se faz quando se embarca numa nova aventura. Isso mesmo: há mais surpresas. Sei que vai ser a primeira e única vez que vou fazer 51 anitos e este evento, que só acontece uma vez na vida das pessoas, requer uma comemoração muito especial. Assim sendo, vai que não vai, comuniquei à restante direção que vamos interromper os escritos na etiqueta Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias e os próximos cinco dias serão publicados na etiqueta Viagens. Opssss... pois, exato: vamos, sem destino, procurar um restaurante que cative e grande qb para receber toda a equipa do blogue "Navegantes-de-ideias". Partimos sem destino mas com o gosto de talvez passar por Guadix. Sem planos nem programas; com esta equipa nunca se sabe o que pode acontecer. Meia dúzia de trapinhos, uma geleira, uma tenda e plenos de sorrisos vamos à aventura. Não nos perca: diremos tudo.
Sorrisos
Guida Brito
quarta-feira, 21 de junho de 2017
A minha janela
A minha janela podia ser um dos lugares mais maravilhosos e encantadores do mundo: podia mas não é. Em frente a um pátio era propícia a umas boas serenatas que teimam em não se fazer ouvir; podia ser palco de estrelas mas geralmente está nublado; podia abraçar desejos à mais singela estrela cadente mas, também… podia, podia, podia…nem as fadas pairam por aqui; oiço as discussões dos vizinhos e as brincadeiras das crianças no final da tarde, uma azáfama, um corrupio audível de palavras delirantes e presas nas gargantas dos menos ousados. Aqui, nas traseiras do meu prédio e no pátio da minha janela, as palavras não têm preconceitos: soltam-se e obrigam-nos a dançar, entre sorrisos, na canseira dos afazeres do jantar. Hoje, a vizinhança está calma, cansados da praia não apresentam forças para as habituais frases do fundo da carteira; o espaço foi evadido por alguns petizes que se fazem ouvir:
-Gooooooooooooooloooooooooooooooooo…
- Portugalllllllllllll marcaaaa. È golo, é golo, é golooooooooooooo… Portugal ganha:1/0
Pensei recuar no tempo, espreguicei-me nas nuvens e … rapidamente petrifiquei.
- Vai, vai Ronaldo marca, marca e é g…… Mãeeeeeeeeeee! O Ronaldo não quer marcar.
13ºdia- Nós 2/ 3€ dia/ 30 dias
Desculpem; continuamos a viver com três euros diários mas não temos conseguido fazer-vos chegar as palavrinhas. O final do ano letivo é muito absorvente: não há espaço para respirar.
Pensámos fazer um arroz xau xau, daí as nossas compras. Não foi uma boa opção: o molho de soja barato era uma boa "jamais devia ter comprado". Senti-me tão enganada que quase, quase, quase que lá fui... Não, não fui porque teria que fazer uma análise detalhada do produto e não sei se saberia todas a palavras a utilizar: era trabalhoso pesquisar as palavras que não pertencem ao nosso dicionário. Shiiiiii.... reticências ponto e vírgula! Barato não pode ser sinónimo de uma boa palavra que não sabemos. Conclusão: engolimos o jantar mas salvámos o almoço do dia seguinte (não levou molho do dito cujo que necessitava de palavreado não constante do nosso livrinho de boas palavras).
Para as sobremesas e lanches fiz pãozinhos de leite. Como não havia tempo suficiente para os levedar: coloquei-os em forno a 60ª meia hora; levantei a temperatura para 200º e em dez minutos um delicioso cheirinho satisfez o paladar.
Lamento não vos fazer chegar o recibo: perdi-o. Gastei três euros certinhos e o mealheiro nem se atreveu a ripostar. de olhar cabisbaixo não parece muito feliz.
Sorrisos
Guida Brito
segunda-feira, 19 de junho de 2017
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