terça-feira, 7 de novembro de 2017

Mariposa colibri- os insetos do Alentejo

   Pensei ser um beija-flor e levei horas (dias, semanas....) a tentar captar o momento. A  sua irrequietude e modo veloz dista, em muito, da minha pessoa, Lembram-se da história da lebre e da tartaruga? Senti-me tão tartaruga quando obtive a fotografia. Oh! Santa Barbatana!
     Não é colibri e não é uma fada (pensais vós- as fadas nunca acusam a sua existência). É uma mariposa colibri; pertence ao grupo das mariposas noturnas mas apenas voa durante o dia. Bate as asas 80 vezes por segundo- inacreditável. Ela é rápida e eu persistente: venci.
     Um Alentejo surpreendente.
Sorrisos
Guida Brito
    
     

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

"Os Ganhões" de Castro Verde

Exalam Alentejo; transpiram ternura; dão voz à planície. O leve embalar dos trigueirais harmoniza-lhe os passos e o levante dá vida à sua voz. 


O Cante alentejano, considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade- UNESCO, flui honesto e sentido a cada som provindo deste grupo. 

Encontrei-os pela Feira de Castro e rendi-me ao encanto: “Os Ganhões” de Castro Verde.


Sorrisos
Guida Brito


domingo, 5 de novembro de 2017

Por terras de Odemira

Planície, serra, mar e rio Mira definem o concelho de Odemira- o que significa grande diversidade paisagística. Povoados únicos ampliam a magnanimidade de uma das regiões mais icónicas de Portugal: o Alentejo.
É impossível resistir à sedução de um simples olhar.

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sábado, 4 de novembro de 2017

Paio e pão com azeitonas

Um dos mais apetitosos produtos da gastronomia alentejana são os paios. Distinguem-se dos diferentes enchidos por serem mais encorpados e sem a tradicional forma de ferradura: outrora, para a sua elaboração, aproveitava-se o intestino grosso do porco. Ultimamente, são famosos os de porco preto; se caseiros: é indiferente. São elaborados com carne temperada ( massa de pimentão, alho, colorau, vinho branco e outros) e curados ao fumeiro. Um paio, umas azeitonas e pão alentejano- manjar dos deuses.


Sorrisos
Guida Brito

Alentejo com sentido


      Não há outro lugar no Mundo em que tudo faça sentido e o belo seja uma permanente carícia ao olhar. Numa ausência total de lógica, a imaginação ultrapassa os seus limites, de forma espontânea, impregnando, com aprazível deleite, o surreal na existência alentejana. Um surrealismo no exterior da tela: aberto, visível, franco, público, evidente, claro...

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Ser autor de um blogue é um trabalho que requer muitas e muitas horas de dedicação. Navegantes de ideias é uma equipa: mãe e filho. Dois teimosos- acreditam que o esforço compensa e concretiza sonhos. Se for viajar e decidir marcar hotéis através do booking, use a nossa página para aceder. Fica o link: https://www.booking.com/index.html?aid=1335611

Sugestão de leitura: https://navegantes-de-ideias.blogspot.pt/2017/11/santa-clara-velha-sui-generes-canto-que.html
Sorrisos
Guida Brito

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Santa Clara-a-Velha- sui generes canto que amplia a venustidade do nosso Alentejo


Deambulei sem destino definido, pelo Concelho de Odemira, procurando o insólito e, não fora a minha curiosidade, quase que perdia uma das aldeias mais bonitas de Portugal. 

Singela e meio envergonhada integra a paisagem quase incógnita ao transeunte das estradas adjacentes. Um não  sei porquê, ou talvez um reflexo que evidenciou a existência de água, guiou-me os passos e permitiu o deslumbre do meu olhar. 


Se a Igreja de Santa Clara de Assis nos transporta ao surreal do mundo infantil; o lago bebe e duplica a graça de tão sui generes canto que amplia a venustidade do nosso Alentejo. 


Deleite-se; estou certa que este breve registo fotográfico desperta, em vós,  quereres e uma visita a Santa Clara-a-Velha.












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Sugestão de leitura: https://navegantes-de-ideias.blogspot.pt/2017/08/porto-covo-o-que-coloca-esta-localidade.html

Sorrisos
Guida Brito

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Eu amo o Alentejo

 Alentejo

A luz que te ilumina,
Terra da cor dos olhos de quem olha!
A paz que se adivinha
Na tua solidão
Que nenhuma mesquinha
Condição
Pode compreender e povoar!
O mistério da tua imensidão
Onde o tempo caminha
Sem chegar!...

                               Miguel Torga
Eu amo o Alentejo. (Guida Brito)

Ver também:
http://navegantes-de-ideias.blogspot.pt/2017/07/geraldos-castro-verde-aqui-nasceu.html

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Sorrisos
Guida Brito

domingo, 29 de outubro de 2017

Seca no Alentejo- na barragem de campilhas, são os jipes e os passeantes domingueiros que ocupam um leito árido e seco.



Hoje, é o silêncio que se impõe perante a desolação por terras do Alentejo. A falta de chuva ecoa onde o nada se faz ouvir. As terras áridas choram, sem lágrimas, à mãe Natureza, uma rega que avive o que já não havia memória. 



As fotografias foram captadas na zona da barragem de Campilhas, Santiago do Cacém: são os jipes e os passeantes domingueiros que ocupam o leito; da barragem, temos uma pequena “poça” . Um cenário que se impõe por todo o Alentejo.


               
As imagens falam por si: deixo-vos no silêncio do cheiro da terra molhada.


















Sem sorrisos
Guida Brito


sábado, 28 de outubro de 2017

Sines - palavras de Al Berto


"... tenho uma varanda ampla cheia de malvas

e o marulhar das noites povoadas de peixes voadores..."
Al Berto

O mar, a luz, as gaivotas e as cores- cidade impregnada de azul (harmonia, tranquilidade, serenidade).
Sorrisos
Guida Brito

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Borda d’Água 1945- “ Reportorio util a toda a gente”


“-Maria, quando calha a lua nova?
- P’éra aí q´ê vô bscar o Borda d’Água.”

Meticulosamente guardado numa das arcas da casa (aquela que guardava os lençóis das visitas, a roupa nova para o dia de feira ; a camisa preta para o funeral do vizinho; o fio de ouro de três voltas e o talego do dinheiro), o Borda d’Água continha tão preciosas informações, indispensáveis à sobrevivência, que era certo e sabido que o seu vendedor, no dia da feira de Castro, rapidamente os esgotava. 


Este almanaque, criado em 1928, aliava a  sabedoria popular, a ciência e a astrologia; talvez por isso os seus prognósticos fossem tão certeiros e tão imprescindíveis na vida do agricultor; na vida das moças novas e casamenteiras (ali consultavam, no seu  Oráculo, as características dos homens nascidos no mesmo mês que o jovem pimpão que as cortejava - bom marido ou aldrabão?); no saber antecipado se era a chuva ou o sol que visitava o monte em dia de colheita ou festividade.


Lembro-me dos bailes de mastro, quando as ruas eram enfeitadas de balões, fitas e bandeirinhas de papel: a sua colocação, nas ruas, era orientada, de forma certeira, por este folheto preciso e com poderes quase divinos em matéria de adivinhação. Não lhe chamarei feiticeiro mas “o grande chefe da aldeia” pela forma como era cumprido e seguido. 


Apresentava-se como bom lembrete da visibilidade planetária, das feiras, festividades e romarias; revelava-se indispensável, cá p’rás bandos do Alentejo - no que se referia a plantios, mondas, sementeiras e “enxertos” das plantas de grande porte. 


Calendário Israelita, marés… uma enciclopédia informática apesar da sua diminuta dimensão: o computador da era antiga- com mais bits e “quilokapas” que o que manuseamos e comprámos na promoção da esquina. Enfim: “Reportorio util a toda a gente” ; como referia a sua capa.


Descobri nos meus caixotes do tudo guardo: o Borda d’Água de 1945. Fascinante! Partilho convosco o Juízo do Ano, realçando as partes que desejo que não se concretizem em 2017- já que por Terras do Mui Nobre Portugal os tons cinza enlutaram as suas gentes e ditaram a total devastidão de onde deveria vir o pão.

“… trigo ve-lo-ão por um óculo, o milho, a fava e tudo mais que se come atinge o valor das pedras preciosas por isso hão-de aparecer colares de grão, anéis de lentilhas, broches de ervilhas e assim por diante…”


Sorrisos
Guida Brito