Não preciso da folha, não preciso das retas... mas a música,
ai a música... a música vou-a compondo a cada passo de encontro ao onde quero
chegar. Componho-a entre a noite mal dormida e o primeiro passo da manhã: entre
a lágrima escondida e o sorriso aberto; entre o choque da dor e a calma do bem
estar; entre o inverno e a primavera; entre a chuva e o sol; entre a nuvem e o
céu azul; entre o botão e a flor. Entre mim e tu (tu que me lês) separam-nos vidas.
A mais cinzenta será sempre a de quem a aceita. Eu transformo a noite em
passos; a lágrima em sorrisos; a dor em calma; o inverno em primavera; afasto a
nuvem porque sei que o mais pequeno botão azulará na mais linda flor. Não
preciso das retas, não preciso da folha; não preciso do lápis; não preciso dos riscos; não preciso da tinta; não
preciso do compasso; não preciso do caminho; não preciso da astronave; preciso
de mim: com uma boa dose de querer um sol amarelo amanhecerá e é fácil fazer um
castelo.
Sorrisos
Guida brito
Fantástica pincelada de sensibilidade!
ResponderEliminarObrigada, Gualter Brito. Beijinhosss
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