quinta-feira, 9 de maio de 2019

Olivais superintensivos: “Os Corredores da Morte”

Fortes Novas, Alentejo, Portugal
Fortes Novas, Alentejo, Portugal


Podem chamar-lhe desenvolvimento, podem enaltecer benesses que ninguém vê ou sente, podem… No Alentejo,  há um nome que define o que se passa em Fortes e em todas as povoações vizinhas de Ferreira do Alentejo e Alvito e por toda a região: CRIME.

Já ouvi quem se referisse a estas plantações como “Corredores de Vida”. 
Olivais superintensivos: “Os Corredores da Morte”
Fotografia aérea da Salvada, Alentejo - dos céus visualiza-se o inacreditável.

Pelo que vi e senti, só posso chamar-lhe “Corredores da MORTE”. Não me parece que:
-  decapar solos, na totalidade,  numa extensão de milhares de quilómetros; utilizar, diariamente, em excesso, produtos fortemente cancerígenos… 
- borrifar povoações, todas as noites, com produtos químicos;
- ou,  retirar o oxigénio a outros seres humanos; possa ser confundido com vida. 
O que se passa no Alentejo, não é mais do que a extinção de todas as formas de vida.

Fortes Novas, Alentejo, Portugal
Fortes Novas, Alentejo, Portugal


Fortes é CRIME! Aqui,  o Crime atinge o máximo de crueldade sobre um povo. Aqui, respira-se gordura, cheiro a esgoto, poeiras no ar: definha-se a todas as horas e a qualquer minuto do diaHá dias piores, há dias em que não se vê a pessoa com quem dialogamos.







Fortes Novas, Alentejo, Portugal
Olivais superintensivos: “Os Corredores da Morte”

Já se imaginou a viver aqui?
Duvida das minhas palavras? Vá visitar Fortes Novas, Alentejo, Portugal. Eu fui.

Será que estas pessoas são menos humanas do que nós? Serão menos portugueses? Será a sua morte lenta e cruel o preço a pagar para termos desenvolvimento? Teremos esse desenvolvimento ou apenas arrasámos as condições essenciais à vida?

Portugal perdeu o rumo do Bom Senso, do Respeito e da Dignidade. Enquanto existir Fortes, enquanto existir o desbaste e a contaminação do Alentejo: não seremos povo, não seremos humanos, não seremos dignos, não seremos gente. Seremos os seguintes.

Fortes Novas, hoje:

Hoje dia 9/05/19, mais um dia entre tantos que já não dá para contar, estou rodeada pelo fumo, cheiro intenso a esgoto que me provoca amargo, ardor na garganta e de falta de respiração; eu não o desejo ao meu pior inimigo.” R:D.



Por favor, assista ao vídeo:



Desenvolvimento deveria ter por base: a melhoria das condições de vida; o crescimento económico; a preservação dos nossos recursos ambientais, a curto e longo prazo, garantido o direito à vida e as liberdades fundamentais do ser humano. Pelo menos: o direito a respirar. A realidade do Alentejo em muito daí dista.

Mais informações sobre o  tema, clique nos links:


Olivais do Alentejo: o crime é cometido sem medos nem receios




1 comentário:

  1. A autarquia não poderia relatar à Agência do Ambiente ?
    https://www.apambiente.pt/

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