sexta-feira, 3 de março de 2017
A amizade- Natacha, 8 anos.
A amizade, é quem nos junta
A amizade, é uma amiga especial
que está sempre dentro de nós
A amizade, é uma coisa que nunca pára
de brilhar
A amizade, é uma coisa infinita
(Poesia e ilustração de Natacha,
8 anos)
O mar- Violeta, 8 anos.
O mar
tão lindo como tu
O mar
tão brilhante ao luar
O mar
tão azul que não consigo parar de
pensar
O mar
mais maravilhoso do que o ar
(Poesia e ilustração de Violeta)
Sonhar- Kalea, 8 anos.
Não muito longe daqui, vive uma
menina com um grande sonho: ter asas para voar.
Certo
dia, disse à mãe:
- Mãe,
tenho inveja das aves.
- Então
porquê? Isso não faz sentido, minha querida- respondeu a mãe, espantada com o
comentário.
- Faz
sim- ripostou a menina.- E eu tenho inveja das aves porque elas têm asas e
podem voar e eu não.
- Enganas-te-
disse, logo, a mãe.- Tu, também, podes voar.
- Como? Eu não tenho asas- espantou-se
a menina.
- Fecha os olhos. Vais ver que
tens umas lindas asas e que podes voar entre as nuvens.
Ela fechou os olhos e voou, voou
e deitou-se nas fofas nuvens para descansar.
(Conto
e ilustração de Kalea)
Crescer- Maili, 8 anos
Crescer com um amigo ao meu lado
Crescer com imaginação
Crescer com felicidade
Crescer com fantasia
Crescer sem medo
Crescer quando sou criança
(Ilustração e poema de Maili)
Crescer com imaginação
Crescer com felicidade
Crescer com fantasia
Crescer sem medo
Crescer quando sou criança
(Ilustração e poema de Maili)
O que é o amor?- Flaxe, 8 anos
O amor é um coração a bater
O amor é a paixão
O amor é um beijo
O amor é a imaginação
O amor é lindo
O amor é feito com animação
O amor é a paixão
O amor é um beijo
O amor é a imaginação
O amor é lindo
O amor é feito com animação
quinta-feira, 2 de março de 2017
Parafusos soltos e vestidos por arrumar
Um parafuso solto, qualquer que seja o seu tamanho, não constitui um problema grave; qualquer mulher sabe que uma lima de unhas, um garfo, uma colher, uma tampa de lata vazia ou o que se lhe assemelhe resolve o problema: olhamos o tamanho do dito e sabemos, de imediato, qual o objeto (que se situa nas imediações) que cabe na ranhura e o aperta até à exaustão. Verdade?
Em último caso: qualquer faquinha resolve os mais atrevidos que decidem avançar sem autorização; não cabem no buraco ou, simplesmente, decidem não funcionar.
Eles não; eles necessitam comprar um móvel, retiram os nossos vestidos dos armários e pensam em mudar de casa. Cheguei à simples conclusão que os homens são todos iguais (funcionam todos da mesma forma); basta-nos escolher o embrulho e tentar esquecer o interior repleto de nunca sabemos o quê.
Acho que tudo acontece ao fazerem 18 anos; nós somos
mulheres desde que nascemos: habituamo-nos a resolver com a prata da casa, a
orientar e a solucionar sem que, para o consumar, necessitemos de parar o mundo e
ver como está a lotação no planeta ao lado.
Nós resolvemos; eles gastam-nos o tempo e a nossa paciência se não aprendermos a sorrir cada vez que se solta um parafuso- seja ele fácil ou difícil de enfiar no buraco.
Nós resolvemos; eles gastam-nos o tempo e a nossa paciência se não aprendermos a sorrir cada vez que se solta um parafuso- seja ele fácil ou difícil de enfiar no buraco.
Soltou-se um parafuso cá em casa: eu vi mas o Carnaval…
decidi que sambar na avenida (mesmo que vestida de cogumelo) seria muito mais
sorridente do que pôr o atrevido no lugar, por meio de meia dúzia de torcedelas.
Esqueci-me que o homem da casa já fez 18 anos e, ultimamente, faz jus ao número que
ostenta com cara de gente feliz. Viu o parafusinho e pensou exatamente isso: sou o homem da
casa. Retirou o dito; retirou a bucha; retirou a calha; escangalhou a persiana
que deixou de funcionar e anda atrás de mim, há dias, para irmos comprar um
parafuso. Hoje, foi o dia.
Impensável ir a uma loja onde tudo é mais barato: “Mãe, não
são de qualidade”. Acedi; embora ciente que eu tinha apertado aquela
coisa e não comprava cousa nenhuma. Lá pediu o menino o que por acaso não
havia: só mais comprido. Pergunta-lhe o dono do botequim (homem - o embrulho é
que era diferente):
- Podes cortar; tens uma serra elétrica?
- Quanto custam?
Ai! Ai, ai, ai, ai! A porra do parafuso vai esgotar o saldo
do mês, dos meses seguintes e estragar-me as férias. Comecei a ver as Lofoten
lá muito longe mas jamais pensei que um
simples parafuso me obrigasse a comprar móveis e a mudar de casa. Recusei a compra da serra e sugeri que
experimentassem se o diabo do parafuso cabia no buraco da porca que parecia com
profundidade suficiente para o receber, mesmo que comprido. E cabia, servia na
perfeição. Não satisfeito, o homem da minha casa pediu uma bucha nova; betume
para tapar o buraco na parede que, entretanto, tinha alargado e arame para dar
uso a uma máquina de soldar que tinha acabado de comprar.
Não havia betume, o
senhor sugeriu prego liquido (as coisas que eu oiço por ter sambado na avenida).
O prego líquido era ótimo mas necessitava de comprar uma pistola para o poder
usar; era excelente ter um berbequim para esburacar depois de tapar. Não sei
como me contive para não gritar; apeteceu-me chorar os sorrisos que larguei
enquanto sambava longe do parafuso que podia ter torcido e não torci. Nem vos conto a parafernália de ferramentas e afins que me entrou pela casa adentro devido a uma
simples torcedela que eu devia ter dado e não dei. Satisfeito, o meu mais que
tudo cá da casa sugeriu:
- Mãe, preciso de um móvel para colocar as minhas
ferramentas. O melhor sítio para as colocar era no teu armário, retiras os teus
vestidos. O ideal seria trocar de casa: mais um quarto fazia-nos muita falta.
Não sabem vocês que começamos com uma simples chave de
fendas que por não caber em todos os parafusos foi substituída por um conjunto
delas; que, por sua vez, também foi substituído por um conjunto de qualidade.
Sendo tudo isto insuficiente para responder à necessidade de apertar um
parafuso, por ano, adquiriu algumas facas cheias de utensílios que poderá, um dia, necessitar: tudo isto acompanhado por uma caixa de ferramentas. Face à
necessidade de organização, a Caixinha já se torna insuficiente, requer a
mudança de casa.
Perguntam vocês: o parafuso está no lugar? Não, entretanto a fita partiu-se e é preciso comprar. Pensando bem acho que nem sequer quero o parafuso no lugar: se vou mudar de casa não preciso da persiana a funcionar.
Aposto que o tema do próximo Carnaval é “ Parafusos soltos e vestidos por arrumar” ou " Desenroscou-se um parafuso? Temos casas para alugar."
Sorrisos
Guida Brito
quarta-feira, 1 de março de 2017
O que é o amor?
O que é o amor?
O amor é a amizade que eu sinto?
O amor é um pensamento que vai e vem?
O amor é a minha melhor amiga?
O amor é uma cidade repleta de amizade?
O amor é tão forte que não se pode sentir?
O amor não tem regras.
o amor é livre.
Rita- 8 anos.
O amor é a amizade que eu sinto?
O amor é um pensamento que vai e vem?
O amor é a minha melhor amiga?
O amor é uma cidade repleta de amizade?
O amor é tão forte que não se pode sentir?
O amor não tem regras.
o amor é livre.
Rita- 8 anos.
Avesso
É o avesso que conta as memórias futuras.
(Guida Brito)
Quando você chega ao limite de toda luz que você conhece, e está a ponto
de dar um passo na escuridão, FÉ é saber que uma dessas coisas vai acontecer:
vai haver chão, ou você vai ser ensinado a voar.”
Richard Bach
Subscrever:
Mensagens (Atom)