quarta-feira, 5 de julho de 2017
Domesticador de gaivotas- incrível
Como sempre, levei pão e fui fotografar as gaivotas. Apareceu uma família e a progenitora incentivou o filhote a colaborar nas fotos. Sorri (como sempre) e fui clicando. Ao chegar a casa, fiquei fascinada com esta sequência. Observem a mão do menino. De gigantes a pequenos seres domesticados.
terça-feira, 4 de julho de 2017
Camping
Acampar apresenta-se como uma excelente opção para os bolsos mais curtos e para quem o gosto de viajar fala mais alto. Pessoalmente, adoro fazê-lo. Nos tempos que correm, a maioria dos parques são bastante bons e contribuem para uma ótima estadia: sem stress, nem excesso de afazeres. Os campings estão divididos por parcelas, impedindo que se torne audível a respiração pesada (ressonar- não gosto da palavra) dos vizinhos do lado. Pela minha experiência, um bom parque custa-nos menos de 20 a 25 €/noite (cálculos para duas pessoas, uma parcela, uma tenda e um carro). Se a sua família é maior acrescente 5 a 6€ por pessoa extra. Parques mais caros significam, geralmente, excesso de ocupação e demasiado barulho. Eu prefiro a paz.
As tendas não são caras (por menos de 50€ há boas escolhas); a sua montagem requer, apenas, que sejam retiradas do saco; menos de cinco minutos (tempo para colocar as estacas) e já está. Eu adquiri dois colchões fininhos, dois sacos de cama, uma mesa e duas cadeiras- material suficiente para uns dias confortáveis e que não exigem demasiadas obrigações.
Limito ao máximo o que transporto comigo; demasiados objectos (incluindo roupa) tornam complicado manter organizado o habitáculo do carro e exigem demasiado trabalho para quem está de férias- para quem quer tudo menos os afazeres rotineiros.
Costumo dizer " Se a t'shirt está suja vira-se ao contrário; não os conheço e nem os percebo". Aliás, faço questão de não perceber absolutamente nada- falo (quando é do meu interesse) assim um porfrantinglesespanholado. É quanto basta para me servirem um cafezinho sem leite; mesmo que a preços do nossa senhora me ajude. No estrangeiro não percebem nada de café e vingam-se nos preços.
E, é mais ou menos desta forma que acampo do lado tão longe que nem sempre sei onde estou. Paciência! Nas férias não devemos ser incomodados com pensamentos corriqueiros. Tanta palavra para dizer que aproveito o duche do final do dia: para "lavar" (entre aspas) o que vestirei no dia seguinte.
A vizinha Espanha tem boas opções visitáveis em dois ou três dias.
Se o seu problema são os gastos, saiba que o campismo e determinadas escolhas permitem quebrar as rotinas a custos quase 0. Eu calculo, sempre, o que gastaria se ficasse em casa e controlo todos os excessos nos 15 dias que antecedem o meu quebra rotinas. E pronto! É o suficiente. Para mim, viajar fala mais alto. Escolho o destino de acordo com o que posso gastar. A meio depósito (ida e volta) ou a um depósito de gasóleo são os meus destinos favoritos para 3 ou 4 dias. Relativamente às refeições: não viajo para comer (mas gosto de provar algo que represente a tradição da região); viajo para sorrir. E incluo no sorrir o cheiro sentido de um bom destino. Gosto de arte, de história, de cultura, de paisagens... gosto, acima de tudo, do que ainda não vi e difere, em muito, das vivência do dia a dia (seja lá como se escreve- esta história do acordo ortográfico...). Amo fechar a porta e partir de encontro ao não sei. Conclusão: se não há rotinas, comemos quando a fome chega e onde estivermos. Se soubessem o prazer de comer a andar ou sentada na beira do passeio, shiiiiiiiiiii... Santa Barbatana!
Eu sei, vocês não, se me sentar no restaurante ao pequeno almoço, ao almoço e ao jantar não faço mais que sair de casa para alapar o rabo entre quatro paredes. Não, gosto demasiado de viajar para optar por essa rotina que impede vivências. Na pequena mochila, que levo às costas, há sempre pão, fruta, queijo, enchidos... Por vezes, optamos por saladas ou outros que adquirimos em supermercados de baixo custo. Não há problema: comemos quando há fome.
Convenci-o? Viaje e partilhe connosco a experiência: publicaremos a sua história.
Obrigada, por partilhar.
Sorrisos
Guida Brito
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Viajar de carro pela Europa
Ao contrário do que se possa pensar é
fácil e recomenda-se. Uma aventura ímpar. Há muito que o faço e é o melhor anti-stress
que conheço. Existem, no entanto, algumas regras básicas importantes que
colocam a nossa segurança num patamar mais alto. Não há pressa de chegar; não
há pressa de voltar. A aventura inicia-se
com uma noite bem dormida. Contrariamente à maioria: não utilizo despertadores-
acordo quando o descanso o ditar. Nada de acordar muito cedo e conduzir pela
fresquinha. Conduzo sem o cansaço de uma noite mal dormida. Acordo, tomo café,
um bom pequeno almoço, coloco o meu melhor sorriso e a viagem tem o seu inicio
no preciso momento em que fecho a porta de casa. Na estrada, além de saber
fazer é importante prever o comportamento do outro: apenas um corpo descansado
e uma mente atenta ditam a solução na hora precisa.
Não faço mais que 150 a 200 Km seguidos: uma
paragem, um café e dois dedos de conversa. Não há correrias, nem pressas, há um
vivenciar de todos os momentos. Se a viagem for longa escolho, aleatoriamente,
uma ou duas povoações para visitar durante o percurso. Andar faz apetecer o
conforto do carro e descansa o tão atento que coloco em todos os momentos da
condução.
Em oposição ao pensamento dominante,
ser mulher e só constitui um factor positivo. Uma matrícula portuguesa deixa
claro o quanto dista de casa e isso angaria, de imediato, olhares de respeito.
Outra regra básica; paro e descanso antes do
primeiro sinal de cansaço- na estrada não se brinca. Chego a que horas chegar:
estou de férias e não tenho qualquer tipo de compromisso.
Ultimamente, viajo com a outra metade
da Equipa dos Navegantes de Ideias- o que herdou o ADN de mim; aquele que
também colecciona brilhozinhos no olhar. É o copiloto ideal: cumpridor a
100% da sua tarefa. Não se discute com o
condutor e existe um pronto auxílio em todos os pedidos: água, um quadradinho
de chocolate e uma reposta imediata ao solicitado. Não há censura, nem sorrisos
dúbios: se o condutor pede é porque necessita de auxílio. É também precioso na
ajuda com o GPS: vira aqui ou mais à
frente é sempre bem vindo. Uma mais valia imprescindível no centro das grandes
cidades; onde impera grande confusão de sinalética, luzes e publicidades.
O país vizinho é um bom princípio para
iniciantes do vou com ou sem rota
acordada; rumo à satisfação dos “eus” excessivamente repletos de rotinas. As
estradas são boas (maioritariamente não pagáveis) e existem muitos destinos de
top à distância de dois ou três dias. Como contra: a letra das placas de
sinalização é pequena (dimensão inferior ao desejável); e o formato não é dos
melhores. No entanto, a máxima de 30Km/h, no interior das povoações, ajuda a
efectuar as manobras em segurança e diminui em muito os era por ali.
Por
último, se vai viajar ao volante saiba que vai enganar-se inúmeras vezes e vai
seguir por estradas que o não levam ao destino pretendido. E depois? Aproveite
veja as vistas; confira se o destino que não era destino não o encontra com um
acaso (não os há) requerido. Não havendo
encontros com fadas(os), duendes(endas), príncipes(esas), magnatas(os) ou
outros presentes nos sonhos mais recônditos: respire fundo e com calma retome a
estrada perdida. Nunca se esqueça: está de férias e é feliz. Sorria.
Sorrisos
Guida Brito
terça-feira, 27 de junho de 2017
Inesquecível
Há momentos inesquecíveis: este foi, sem dúvida, um dos mais emocionantes. A ternura do dia não poderia ser melhor representada. Após umas boas centenas de quilómetros de estrada, extenuados mas felizes, chegámos ao topo de Gibraltar e fomos recebidos por uma numerosa e ternurenta família de ladrões e saltibancos. É impossível não sorrir.
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