terça-feira, 4 de julho de 2017

Camping

     

     Acampar apresenta-se como uma excelente opção para os bolsos mais curtos e para quem o gosto de viajar fala mais alto. Pessoalmente, adoro fazê-lo. Nos tempos que correm, a maioria dos parques são bastante bons e contribuem para uma ótima estadia: sem stress, nem excesso de afazeres. Os campings estão divididos por parcelas, impedindo que se torne audível a respiração pesada (ressonar- não gosto da palavra) dos vizinhos do lado. Pela minha experiência, um bom parque custa-nos menos de 20 a 25 €/noite (cálculos para duas pessoas, uma parcela, uma tenda e um carro). Se a sua família é maior acrescente 5 a 6€ por pessoa extra. Parques mais caros significam, geralmente, excesso de ocupação e demasiado barulho. Eu prefiro a paz.

     As tendas não são caras (por menos de 50€ há boas escolhas); a sua montagem requer, apenas, que sejam retiradas do saco; menos de cinco minutos (tempo para colocar as estacas) e já está. Eu adquiri dois colchões fininhos, dois sacos de cama, uma mesa e duas cadeiras- material suficiente para uns dias confortáveis e que não exigem demasiadas obrigações.

  Limito ao máximo o que transporto comigo; demasiados objectos (incluindo roupa) tornam complicado manter organizado o habitáculo do carro e exigem demasiado trabalho para quem está de férias- para quem quer tudo menos os afazeres rotineiros.

       Costumo dizer " Se a t'shirt está suja vira-se ao contrário; não os conheço e nem os percebo". Aliás, faço questão de não perceber absolutamente nada- falo (quando é do meu interesse) assim um porfrantinglesespanholado. É quanto basta para me servirem um cafezinho sem leite; mesmo que a preços do nossa senhora me ajude. No estrangeiro não percebem nada de café e vingam-se nos preços.
     E, é mais ou menos desta forma que acampo do lado tão longe que nem sempre sei onde estou. Paciência! Nas férias não devemos ser incomodados com pensamentos corriqueiros. Tanta palavra para dizer que aproveito o duche do final do dia: para "lavar" (entre aspas) o que vestirei no dia seguinte.
     A vizinha Espanha tem boas opções visitáveis em dois ou três dias. 

    Se o seu problema são os gastos, saiba que o campismo e determinadas escolhas permitem quebrar as rotinas a custos quase 0. Eu calculo, sempre, o que gastaria se ficasse em casa e controlo todos os excessos nos 15 dias que antecedem o meu quebra rotinas. E pronto! É o suficiente. Para mim, viajar fala mais alto. Escolho o destino de acordo com o que posso gastar. A meio depósito (ida e volta) ou a um depósito de gasóleo são os meus destinos favoritos para 3 ou 4 dias. Relativamente às refeições: não viajo para comer (mas gosto de provar algo que represente a tradição da região); viajo para sorrir. E incluo no sorrir o cheiro sentido de um bom destino. Gosto de arte, de história, de cultura, de paisagens... gosto, acima de tudo, do que ainda não vi e difere, em muito, das vivência do dia a dia (seja lá como se escreve- esta história do acordo ortográfico...). Amo fechar a porta e partir de encontro ao não sei. Conclusão: se não há rotinas, comemos quando a fome chega e onde estivermos. Se soubessem o prazer  de comer a andar ou sentada na beira do passeio, shiiiiiiiiiii... Santa Barbatana! 

    Eu sei, vocês não, se me sentar no restaurante ao pequeno almoço, ao almoço e ao jantar não faço mais que sair de casa para alapar o rabo entre quatro paredes. Não, gosto demasiado de viajar para optar por essa rotina que impede vivências. Na pequena mochila, que levo às costas, há sempre pão, fruta, queijo, enchidos... Por vezes, optamos por saladas ou outros que adquirimos em supermercados de baixo custo. Não há problema: comemos quando há fome. 

  Convenci-o? Viaje e partilhe connosco a experiência: publicaremos a sua história.
      Obrigada, por partilhar.
     Sorrisos
Guida Brito

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