domingo, 10 de junho de 2018
Os animais das nossas ribeiras
sexta-feira, 18 de maio de 2018
Uma alentejana em Lisboa
Conhecida pelas múltiplas viagens
ao volante dos meus bólides, ninguém imagina: que a capital mais próxima se
revela sempre um encalhe - para quem está habituada a não saber para onde vai
mas para onde quer ir.
Sim! Já atravessei muitas vezes a
ponte... mas as tropelias sucedem-se sucessivamente. Não tenho má ideia dos
condutores lisboetas: se no inicio explodem inexplicavelmente, rapidamente
ficam cativos dos sorrisos, beijocas e adeus que, carinhosamente, envio ao
primeiro sinal de água entornada.
Sem ajuda dos amigos e querendo
evitar a todo o custo parques de estacionamento ( eu lá saberei porquê),
decidi:
- Carrinha, vamos a Lisboa e
atravessamos a ponte- ela estremeceu e eu fiquei feliz.
Embora não tivesse publicado, as
minhas intenções, no facebook: todos pareciam saber que a alentejana chegara.
Uns paravam, outros esperavam e eu fiz tudo direitinho. Virei corretamente
entre vias e vielas até me encontrar a 100 metros do destino. Uma manobra
impensada, uma viragem contrária levou-me a conhecer mais uma zona da famosa
capital. E agora? Não sei. Decidi apresentar-me, pessoalmente, aos habitantes
de tão distinto local. Aproveitei uns semáforos, parei entre muitos, abri o
vidro e obriguei (entre aspas) os que me rodeavam a copiar as minhas ações.
- Por favor! Praça de Espanha?
- Ui! Vem de lá!
- Eu sei! Mas gostei tanto que
quero retornar- sorri.
- Pois! Mas agora já não
consegue...
Mau! Reencostei-me (com a
tradicional calma) no assento, enquanto enviava gestos de carinho aos que
passavam pela esquerda, pela direita e com vontade de passar por cima.
- Que fazemos?- Inquiri com
alguma marotice.
- Minha senhora! Quer que eu
atravesse o carro, pare o trânsito e você vira para trás?
- Quero- respondi ignorando o pânico
do meu simpático meio de transporte.
E assim foi-
ahahahhahahahahaahahah- Lisboa parou para me ver passar.
Adoro os lisboetas! Amo esta
gente calma, simpática e desenrascada. Na próxima vez, publico no facebook:
" Amanhã, a alentejana
atravessa a ponte, 10 horas."
É certo que todos irão gostar de
me rever e muitos os que me escoltarão. Obrigada, gente boa.
segunda-feira, 14 de maio de 2018
Elvas: simples, arrojada, pacata, serena, sentida
É a maior cidade fortificada da
Europa e encanta na simplicidade de ser. Simples e arrojada, Elvas seduz na perfeita simbiose entre o sentir e o
surrealismo patente ao olhar. Pacata e serena, Elvas cativa na imensidão de um
colorido único e aprazível. Sentida, Elvas borda com ternura sorrisos abertos,
francos, justos e sinceros. Elvas: uma cidade imperdível.
Sorrisos
Guida Brito
sábado, 12 de maio de 2018
I Love You Porto Covo
"Acende-se no
mar como um desejo
Por trás de
mim o bafo do destino
Devolve-me à
lembrança do Alentejo"
(Carlos Tê/Rui Veloso)
Sorrisos
Guida Brito
terça-feira, 8 de maio de 2018
A sorte e o azar
A sorte e o azar ocorrem em simultâneo. Um amealha, o outro rouba; um encontra comida, o outro perde a vida...
Sorrisos
Guida Brito
Sorrisos
Guida Brito
domingo, 6 de maio de 2018
Praia da Foz do Burrinho - fotografando os amigos
A praia é única. Selvagem, silenciosa: um paraíso. Na areia observamos o excesso de afluência: inúmeras pegadas prendem o olhar. Lontras, aves, raposas e muitos outros animais repartem o extenso areal, as dunas e a areia. A ausência de som impera e o mar abraça, com suavidade, os grandes ilhéus. A ribeira, cansada, encontra o mar.
Encontrei um amigo; e quando encontramos um amigo: nem ouvimos o vento passar.
E sempre que encontro um amigo: salta, pula, agora vai para ali: mais ali; de novo... Hoje, não resisti e pedi para partilhar. Obrigada, Lezita.
Sorrisos
Guida Brito
sexta-feira, 4 de maio de 2018
Praia da Oliveirinha - Sines
Depois da chuva e do frio, o sol brilhou e muitos já foram a banhos. A praia da Oliveirinha, na baixa-mar, forma muitas piscinas naturais de águas quentes: ideal para os mais friorentos.
Cheia de reentrâncias, encanta.
Sorrisos
Guida Brito
segunda-feira, 16 de abril de 2018
Frase do dia
Às vezes, sento-me a ouvir as estrelas e, no conforto do meu olhar, descubro novos horizontes. O Mundo depende das cores da paleta que está na Nossa mão.
SorrisosGuida Brito
olhos fotografando
olhos fotografando
hoje,
correndo por vilas, campos e aldeias,
com fotógrafa por guiada companhia,
descobri-me com os olhos
sempre em busca do visto e vivido,
olhos
sem fotografar
antes mirando com miolos e cabelos
senti que me ia escrevendo por dentro
sem registos
antes absorvendo palcos e actores
que me ficavam
em fotografias a cores e ao vivo
guardadas na razão do coração
cicerone de mim mesmo
travando saudações e ligações
enchendo-me de amigas lengalengas,
talvez desfocadas e dessincronizadas,
dei-me a descobrir e inventar
imagens, sons, odores e amores
encaminhando-me pelas chapas da fotógrafa,
fotógrafa
mirada, sentida e pressentida,
as ruas e casario ficaram
pedras dentro de mim
flores a enfeitarem-me os intensos olhares
brisas esfriando e vibrando a alma
tempos em escrevendo
escrevendo as lembranças,
guardadas nos olhos e nas mãos
deixo-vos
de corpo cheio de alegrias
dando odes à vida
quando
vida vivida,
fotografada
na poesia inventada !
zé carlos albino,
> com Fotógrafa Guida Brito <
Messejana, 5 de Abril de 2018.
E nessa minha teimosia de escrever o Alentejo, tive por tão grata companhia: um grande poeta alentejano.
Muito obrigada, Zé, do fundo do coração.
É uma honra ser tua amiga.
Sorrisos
Guida Brito
hoje,
correndo por vilas, campos e aldeias,
com fotógrafa por guiada companhia,
descobri-me com os olhos
sempre em busca do visto e vivido,
olhos
sem fotografar
antes mirando com miolos e cabelos
senti que me ia escrevendo por dentro
sem registos
antes absorvendo palcos e actores
que me ficavam
em fotografias a cores e ao vivo
guardadas na razão do coração
cicerone de mim mesmo
travando saudações e ligações
enchendo-me de amigas lengalengas,
talvez desfocadas e dessincronizadas,
dei-me a descobrir e inventar
imagens, sons, odores e amores
encaminhando-me pelas chapas da fotógrafa,
fotógrafa
mirada, sentida e pressentida,
as ruas e casario ficaram
pedras dentro de mim
flores a enfeitarem-me os intensos olhares
brisas esfriando e vibrando a alma
tempos em escrevendo
escrevendo as lembranças,
guardadas nos olhos e nas mãos
deixo-vos
de corpo cheio de alegrias
dando odes à vida
quando
vida vivida,
fotografada
na poesia inventada !
zé carlos albino,
> com Fotógrafa Guida Brito <
Messejana, 5 de Abril de 2018.
E nessa minha teimosia de escrever o Alentejo, tive por tão grata companhia: um grande poeta alentejano.
Muito obrigada, Zé, do fundo do coração.
É uma honra ser tua amiga.
Sorrisos
Guida Brito
domingo, 8 de abril de 2018
O pão de Poia - Maria Vitoria Guerreiro Simões Nobre
Havia dois, na minha aldeia de Grandaços: o da tia Hortense e o da tia Augusta
Ferreira. O forno de poia era o forno
onde todas as pessoas da aldeia iam cozer o pão.
Eu lembro-me, ás 5 da manhã,
a tia Hortense ia bater às portas: “podem começar amassar”.
A minha mãe, quando acabava de
amassar, punha um bocadinho de massa - um sinal -
e, quando a massa crescesse e chegasse lá, estava pronta: leveda.
Tendia-se, fazia-se o pão e a tia Hortense ou
marido, o tio Manel Fernandes, vinham de porta em porta buscar os
tabuleiros. Na porta do forno, já havia mais pessoas com o seu pão em cima
do pial, à espera. Começava- se a fazer um sinal, 2, 3 …
um beliscão nos pães (para saberem de quem
são quando cozidos)… o pão vai ser
deitado no forno.
Mas espera lá: agora é a altura
das costas, dos bolinhos e dos tabuleiros com o peixe.
E assim, a tia Hortense e a tia
Augusta tinham pão para a semana inteira. Pois, todas as pessoas que ali coziam
o seu pão: davam-lhe um e algumas costas.
Era assim a vida da forneira: lembrar faz parte de mim.
Maria Vitoria Guerreiro Simões Nobre
O nosso “Muito Obrigada”, à Maria Vitória: pela partilha e pelo carinho.
Tem a Palavra o Leitor. Nesta etiqueta, os Navegantes de Ideias publicam os escritos enviados (magadinhas1@gmail.com).
Sorrisos
Guida Brito
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