A precisar de magia, programo a minha próxima viagem. Pafernálias de papéis e afins ditaram um esvoaçar do verão que quase não vi. Como ninguém merece mais do que eu, com uma Europa quase toda percorrida, decidi voar nos sonhos e querer um regresso ao passado. Sou velha (embora o sorriso o recuse e os caracóis o disfarcem) lembram as minhas memórias. Sou do tempo em que o fim das inúmeras horas, na fronteira, ditavam um Mundo novo: a surpresa perplexa de culturas que nos faziam crer que distávamos, em muito, o para lá do horizonte- bebíamos cada instante, quase sem espaço para tanto novo.
Agora? O pequeno almoço é continental em toda a Europa; os trapos dos manequins são os mesmos de qualquer montra, de uma qualquer rua direita ou centro xpto; a aprendizagem do inglês impede futuras memórias sorridentes… Não há barreiras e corremos, atulados em stress, para sermos os primeiros nas infindáveis filas do quero ver… nem os monumentos, já vistos e revistos em nets e outros comunicativos nos abrem a boca exclamando surpresa. A cultura nativa quase se extinguiu e a Europa está igual. Preciso abrir a boca e deixar fluir o espanto do não visto. Tenho tanta urgência em fazer: “AHHHHHH”. Preciso de uns AHS na minha vida; sim, aqueles que permitem um regresso de brilhozinho no olhar.
Abri os
olhos e pestanejando, vezes sem fim, decidi descobrir um destino onde o pequeno
almoço não fosse continental. E descobri: descobri S. Tomé e apeteceu-me tanto. Ali: lava-se a roupa no rio e de vista só o belo se alcança.
Pelo que
li, é um destino de sonho. É o segundo país mais pequeno de África e a simpatia
das suas gentes acolhem-nos num mundo só seu.
A cultura; a diversidade da paisagem (da majestosa vegetação tropical à
savana); o café, o cacau, a fruta pão, a mandioca, os cocos, as jacas; as tartarugas da praia Jalé; os caminhos
de terra batida que nos transportam a segredos locais; as roças; o património
colonial; o clima; os macacos e os papagaios…Shiiiii! Santa Barbatana! O que eu
vou amar!
Com sorte
e de forma atempada, consegue-se um voo de ida e volta por menos de soo euros. É
um destino muito atrativo porque ainda é pouco explorado turisticamente; o que
significa: uma cultura quase intacta. Pelo que percebi existem três rotas para
percorrer toda a ilha: o sul, o norte e o centro- cada uma mais bonita do que a
outra. Aqui, não há pressa nem hora marcada; reina o cheirinho a diferente. Um
país seguro onde se pode caminhar e ousar; pleno de paisagens virgens-
intocadas. Quero perder-me no tempo, ouvir o canto dos pássaros e dar brilho
aos meus caracóis: vou. De forma a não
perder os pequenos grandes recantos e conhecer o mais belo que só aos locais pertence, é
bom conseguir um guia. Pesquisei e encontrei um grupo: realiza caminhadas que
nos transportam ao surreal dos locais inalterados e proporciona momentos
inesquecíveis.
Sempre metódica e super curiosa, quando se trata de viajar, decidi ultimar o meu programa contactando o grupo. Não estranhem, sempre assim o fiz: se sou eu que viajo, sou eu que programo. Marco avião, dormidas, visitas… organizo o meu programa de forma tão económica que faço caber uma viagem no meu curto orçamento.
Vantagens: os cheiros chegam mais cedo; as viagens prolongam-se no tempo; viajamos ao custo do de cá. Viajar sozinha e para longe requer cuidados redobrados com a segunda melhor pessoa do mundo (a primeira é, claro, a outra metade dos Navegantes de Ideias): eu. Enviei algumas questões ao grupo e as respostas deixaram-me estupefacta. Longe da impingisse comercial dos tempos que correm, foi notória a afamada simplicidade, cordialidade e forma de estar do povo santomense; um profissionalismo inigualável. Os contactos que mantive foram uma mais valia na organização do meu programa e vão-me permitir desfrutar melhor do meu tempo na ilha.
Marquei, com eles, alguns passeios imperdíveis e únicos. Foi tanta a partilha que fiquei certa: levam-nos pelos trilhos rumo ao impensável. No meu regresso conto-vos tudo e apresentarei o melhor roteiro para conhecer S. Tomé. Deixo-vos o link do grupo se quiserem espreitar:
http://banbenontours.com/index.html
Sempre metódica e super curiosa, quando se trata de viajar, decidi ultimar o meu programa contactando o grupo. Não estranhem, sempre assim o fiz: se sou eu que viajo, sou eu que programo. Marco avião, dormidas, visitas… organizo o meu programa de forma tão económica que faço caber uma viagem no meu curto orçamento.
Vantagens: os cheiros chegam mais cedo; as viagens prolongam-se no tempo; viajamos ao custo do de cá. Viajar sozinha e para longe requer cuidados redobrados com a segunda melhor pessoa do mundo (a primeira é, claro, a outra metade dos Navegantes de Ideias): eu. Enviei algumas questões ao grupo e as respostas deixaram-me estupefacta. Longe da impingisse comercial dos tempos que correm, foi notória a afamada simplicidade, cordialidade e forma de estar do povo santomense; um profissionalismo inigualável. Os contactos que mantive foram uma mais valia na organização do meu programa e vão-me permitir desfrutar melhor do meu tempo na ilha.
Marquei, com eles, alguns passeios imperdíveis e únicos. Foi tanta a partilha que fiquei certa: levam-nos pelos trilhos rumo ao impensável. No meu regresso conto-vos tudo e apresentarei o melhor roteiro para conhecer S. Tomé. Deixo-vos o link do grupo se quiserem espreitar:
http://banbenontours.com/index.html
Quero regressar ao passado, perder-me no tempo e deslumbrar-me no imprevisto: vou. Regresso ao surpreendente “jamais imaginaria que pudesse ser assim”.
Sorrisos
Guida Brito
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