Hoje vou escrever sobre uma Deusa Suméria.
Por volta dos anos 2300 antes de Cristo nascer
(AC), portanto há cerca de 4500 anos de hoje, aqui em Portugal era o Neolítico,
houve um Povo, os Sumérios que habitaram na região fértil entre os Rios Tigre e
Eufrates, hoje Iraque, Bagdade.
Sempre em paz, sem fomes nem guerras, graças à Deusa Inanna-Ishtar, a população crescia e viviam felizes.
Inanna-Ishtar era a Deusa do Amor, do Sexo, da
Prostituição, da Fertilidade. Tal e qual. Corporizava no corpo de uma mulher do
povo, para a veneração ser física e receber oferendas.
A sua influência na região foi enorme. Os Reis
declaravam-se "Obedientes a Inanna", tal era a sua força espiritual.
Por ser uma deusa feminina, portanto ligada à Criação, também tornava as colheitas sempre
abundantes, obviamente fácil pois na região havia (e há!) calor e muita água.
Por vezes os Reis queriam conquistar mais
territórios e para isso era preciso derrotar as tropas respectivas. Um reparo:
nesse tempo não havia metais nem armas de fogo - eram arcos e flechas, paus
aguçados, pedras. No momento da batalha os combatentes Sumérios gritavam por
Inanna pedindo o seu auxílio e proteção na batalha. Que não acontecia porque as
outras tropas assim que ouviam o coro da gritaria por Inanna fugiam espavoridos
e cheios de medo.
No Fim do Ano aconteciam grandes festividades em honra de Inanna-Ishtar.
Todo o Festival era dedicado à actividade sexual,
pois o prazer (orgasmo) era uma forma de aproximação ao Sagrado e ao Divino.
Portanto eram dias de orgias sexuais permanentes e a Deusa Inanna, corporizada,
dava o exemplo aceitando todas as cópulas. Havia uma condição - não podia haver
imposição ou violência sexual. Quem assim procedesse tinha uma grande punição.
Esta informação provém de exaustiva investigação
arqueológica e deixada por aquele povo em pequenas tábuas, algumas delas ainda
não decifradas. Eis a foto de uma delas de onde foram extraídas estas
informações. Clicar sobre:
José Jorge Cameira
Beja, 20 Novembro 2019
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