segunda-feira, 10 de abril de 2017
domingo, 9 de abril de 2017
A pega- por Guida Brito
Apesar de
radiante com o convite, a minha já célebre má educação (bestealidade) antes do
café da manhã quase, quase que me fazia
perder o furacão das emoções que vivenciei; não fora a simpatia e coragem do
meu grande amigo (bravo e corajoso: não por enfrentar, com o corpo, touros de
500 ou 600 Kg mas por ser capaz de contrariar e atrever-se a respirar perante este
terramoto matinal de 55kg de gente; antes mesmo do néctar da felicidade que
necessito para me conscientizar que existem outros habitantes no planeta).
Calguei quilómetros (obrigada a voar, devido ao inconveniente piso das estradas
portuguesas) e cheguei sem atraso significativo.
Uma beijoca, um
abraço, um café e um chapéu branco: assim fui recebida no Mundo Tauromáquico
Português; sobre o qual me apresentava vazia de qualquer fundamentalismo de
qualquer dos lados dos debates públicos. O meu único sentir provinha das
expressões prazerosas do meu pai quando interrompia, ou adiava, a sua vida
trabalhosa e se sentava, confortavelmente numa velha poltrona, para ver : a
Tourada. O auge era a pega e foi isso que fui fotografar à bela Herdade da
Machoa, na companhia desse grande grupo de forcados Aposento da Chamusca. Uma
homenagem e uma proximidade a um grande senhor da minha vida.
Olhei os que me
rodeavam e pensei: “quando chegarão os forcados?” Saltou-me tudo e fiquei
completamente prostrada ao constatar que as caritas que não deixam antever o
que quer que seja e muito menos a tarefa que se seguia: eram os Homens do Dia.
O tentadero foi pequeno para o vendaval de emoções que se fez sentir.
Não se enganem
por qualquer foto engraçada captada num milionésimo de segundo que ninguém vê ou
sente e apenas uma boa máquina consegue capturar. Aqui há coragem; há respeito;
cumprimento imediato das orientações hierárquicas
dos que sabem por experiência própria; domínio sobre si, sobre o outro e o que o
rodeia; uma mão ajudante que aterra na hora certa; há postura; há humildade… estes meninos de carácter submisso e que não
deixam antever o que quer que seja: respiram bravura e enfrentam o Touro Pelos
Cornos.
Saltitei
apavorada e de coração nas mãos entre a arena e a escada de salvação (mesmo
nunca estando em perigo) e fui fotografando na esperança de retratar fazendo
jus à grandeza da bravura de ser destas gentes e destes animais.
Gentes que mesmo
quando as lágrimas me raiavam os olhos e o coração sangrava na incerteza do
ocorrido, mantinham uma organização, calma e forma de estar que nunca tinha
observado; sem vozes sobrepostas ou alaridos, cada um desempenha a sua função:
o responsável pelo grupo dá ordens calmas, precisas e claras que são
meticulosamente cumpridas; outros referem a regularidade; outros proferem
frases engraçadas que animam e fazem imperar a normalidade das lides; outros dirigem-se
aos que lhe são queridos e assistem “Hoje, já não ganhas beijinhos do namorado”…
desta forma encurtam a hora dolorosa e garantem uma não ampliação das sequelas
dos braços irmãos. Há confiança e respeito.
Os animais, talvez
sejam os últimos animais de grande porte que nasceram livres e vivem em
perfeita comunhão com a Natureza em território português, numa área que se
estende por vários quilómetros quadrados; tal como pude observar. Refiro que
não sou fundamentalista (sem nunca ter consultado o dicionário) entendo que
esta palavra significa- pessoa que por palavras ou atos tenta subjugar e
denegrir seres cuja enormidade de ser deveriam ser exemplo. Observei tentando
ser isenta até das mães que, apesar de não presentes, senti em todos os
momentos que vivenciei e registei com o coração e a minha singela lente
fotográfica. Aqui o animal é rei, quer pela forma livre em que vive, quer pelo
trato. São bem audíveis expressões como: “ Não castigues o animal, enfrenta-o”.
Há uma sua clara vantagem no corpo a corpo com os meninos Homens que enfrentam.
No final, tal como acontecia antigamente com todos os animais na Mãe Natureza:
se perdem a batalha servirão de refeição; se a vencem serão reprodutores e
garantirão a bravura das gerações vindouras.
Provavelmente
este meu texto será objeto de crítica pela maioria de vós: o natural, hoje em
dia, é ter 40 anos e viver uma realidade virtual no computador, no quarto
fechado da casa da mãe. Aqui não se teclam com os dedos jogos ou palavras de
computador: é com pontas ou sem pontas. O natural é gostar de fois gras sei lá
de onde; frango grelhado a um preço de mijona; coelho à caçador; hambúrguer dos
“méques”; massas à carbonara ou pizas pré-feitas que garantem um comer rápido enquanto
mensageio no facebook ou afins; natural é ser vegetariano, granívoro ou outro
que esconda a presença animal… o natural é esquecer que desde o talho do
vizinho, à promoção do híper, passando por qualquer alimento embalado, enlatado,
congelado ou sei lá que mais: o nosso alimento provém de animais que nunca
viram a luz do sol; vivem enjaulados num espaço menor que eles e nasceram com o
único e exclusivo fim da morte e de sustentar financeiramente meia dúzia ricaços-
muito provavelmente os que têm capacidade financeira para se alimentar da carne
dos touros bravos que perderam a batalha. O natural, hoje em dia, são as
hormonas, a manipulação genética, os cancros que daí advêm e a hipocrisia.
Fiquei com
vontade de ir ao campo pequeno: não, não quero um lugar nas bancadas vestida de
salamaneques e de salto alto. Quero: o salto alto e os salamaneques mas junto
da arena; ali no rodopio dos que enfrentam o bicho pelos cornos.
Sorrisos
Guida Brito
⛵🦆 Patos Infernais
Eu não estou maluco os patos são demoníacos.
vejam o video!!!
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Partilhem Por Favor!!!
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Nem tudo o que parece é...
Com os Forcados Aposento da Chamusca, Herdade da Machoa; Monsaraz. (Amanhã conto a história)
Sorrisos
Guida Brito
Sorrisos
Guida Brito
quinta-feira, 6 de abril de 2017
⛵ "Um mestre no pião"
Neste video podem ver as minhas sucessivas falhas ao lançar um pião de madeira e corda.
Partilhem
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quarta-feira, 5 de abril de 2017
A frase que me faz perder a noção do tempo
O tempo é relativo e não pode ser medido
exatamente do mesmo modo e por toda a parte.
Não, não é esta a frase que me troca as voltas e me torna incapaz de saber
a quantas ando. Esta passou a ser entendida por leigos, como eu. O futuro
encarregou-se de confirmar a grandeza de um ser tão simples que percebeu, antes
de nós e antes mesmo de ocorrer, o que é tão fácil ser entendido e ingressou no
mundo da geração que desponta.
Troca-me as voltas e faz-me tropeçar na relatividade do tempo. Ei-la:
“ É carregada uma hora por segundo no Youtube”
Mais confusa fico (meio abananada, diria) quando quero carregar 3 minutos
de vídeo e o ato demora uma hora. Pergunto: devemos alterar as medidas de tempo
a tempo de não nos perdermos no tempo ou esquecemos o tempo e navegamos nas
nuvens? Já lá vai o tempo em que a noção de tempo se perdia no abraço de um gesto puro (muitas vezes com tão pouco tempo).
Sorrisos
Guida Brito
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Como é que uma mulher bonita, como tu, não tem namorado?
Algum defeitinho tenho que ter - respondi irreverente.
Tenho muitos, pensei cá para mim; não é um: são muitos. O
meu maior problema é este nariz de carácter arrebitado, lutador e que não se
inibe em ser. Maroto e atrevido acha que o ferro de engomar e a cozinha estão a
léguas do ser feliz e do se te amo ”não tenho que fazer prova disso nas rugas
da tua camisa”. Aliás, tenho a certeza que as rugas da tua camisa não estão “nem
aí” para o que sinto por ti. Tal e qual com os tachos, eles jamais se
atreverão a ripostar um: “tenho o cú queimado”. Calam-se e ficam quietinhos na
gaveta da cozinha (pudera, estão na cozinha logo são amados). Amor não pode ser
isso: um papel que se espera que a mulher cumpra; um servilismo sem tamanho.
Não adianta um “eu faço outras coisas, retribuo de outra forma”.
Não! Não há nada que me faça feliz se tiver que duplicar o horário das horas infelizes. Amor significa duplicar a felicidade e não diminuí-la. Não quero uma mão que vem se eu lavar a loiça da cozinha. Não quero um sexo que acontece porque não há rugas na chata da camisa. Eu não visto camisas! Não compro roupa que precise de tal ferramenta que me faz tão infeliz. Também não gosto de esperar devido à tua “super importante profissão”. A tua é tão importante como a minha e a minha desenvolvo-a com esmero e profissionalismo; o meu trabalho será sempre “5 estrelas”, garanto sucesso, faço-o com gosto mas não te chateio - resolvo os problemas: não os passo para ti, nem invento meia dúzia de nadas que me impeçam de te abraçar.
Não! Não há nada que me faça feliz se tiver que duplicar o horário das horas infelizes. Amor significa duplicar a felicidade e não diminuí-la. Não quero uma mão que vem se eu lavar a loiça da cozinha. Não quero um sexo que acontece porque não há rugas na chata da camisa. Eu não visto camisas! Não compro roupa que precise de tal ferramenta que me faz tão infeliz. Também não gosto de esperar devido à tua “super importante profissão”. A tua é tão importante como a minha e a minha desenvolvo-a com esmero e profissionalismo; o meu trabalho será sempre “5 estrelas”, garanto sucesso, faço-o com gosto mas não te chateio - resolvo os problemas: não os passo para ti, nem invento meia dúzia de nadas que me impeçam de te abraçar.
Quero natureza, abraços, mimos, gosto de ti, sorrisos, viagens e meia dúzia de nadas
que apenas justificam o gosto de estar ali. Quero esquecer as horas e lembrar-me, a toda a hora,
o que é ser feliz. Quero esquecer que o mundo existe e caminhar nas nuvens.
Quero tão pouco. Quero um pão na mesa e horas infindáveis de afetos. Não quero
nada; quero apenas que existas; que um dia esbarre contigo numa qualquer
esquina; quero saber que não desististe de mim. Quero abraçar-te, mimar-te,
dar-te todos os afetos que te fazem feliz; quero saltar, sorrir e fazer com os
teus dias sejam curtos para ser vividos. E quero que pagues com juros (até ao
último tostão) essa história do ser louco e por ti. Quero-te ali no improvável e
na loucura do inesperado. Não quero um papel corriqueiro trajado de coisa
nenhuma.
Quero um pouco do nada que sabe ser feliz.
Sorrisos
Guida brito
domingo, 2 de abril de 2017
sábado, 1 de abril de 2017
⛵ Pânico em Sines
Notícia de última hora: Sines, já não é território português. A equipa dos Navegantes de ideias relata-lhe os últimos acontecimentos.
Lápis de Cor e Bolas Nacionalistas
Ontem deu-me na cabeça para comprar uns lápis de cor, Um simples kit de 24 lápis. Ao chegar a casa, rapidamente, me pus a experimentá-los:
Este desenho é uma countryballs- pequenas personagens em forma de bola/bandeira. Estas bolas são usadas para criar piadas relativas às relações entre países. Este desenho é inspirado no 25 de Abril, mas também fiz outro inspirado na padeira de Aljubarrota:
Se quiserem saber mais sobre as countryballs podem ver esta wiki: http://polandball.wikia.com/wiki/Polandball_Wiki
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