segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Um Alentejo doído pela seca


Barragem seca



Estamos na fase final do inverno: não há verde e apenas meia dúzia de capitosas flores teimam em florir. A vegetação das margens dos cursos de água encontra-se seca;  os açudes e as barragens esqueceram a sua serventia.  
Barragem seca

Predominam as cores outonais e o cinza faz esquecer a constante mudança da paisagem alentejana. Não há verdes poemas e o sol espreita, raramente entre as nuvens, almejando que o arco-íris refrate a sua cor. 
Seca no Alentejo

Perdi a esperança: as campainhas, os bunhos, as “escravaninhas”, as primaveras, as orquídeas selvagens e restante vegetação empurram a primavera para os tons de 2019 (quiçá).  Um Alentejo doído pela seca; um Alentejo sem cor.
Seca no Alentejo

Guida Brito


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