Ninho da andorinha-do-mar-anã |
Por todo o país, durante os meses
de maio e junho, grupos organizados limpam as nossas praias. Uma iniciativa
louvável e essencial na defesa dos nossos mares e da biodiversidade. No entanto,
a andorinha-do-mar-anã solicita que este ato, em defesa de um Mundo melhor, não
seja efetuado no seu período de nidificação e incubação.
Esta espécie
encontra-se incluída no Anexo I da Directiva Aves e no Anexo II da Convenção de
Berna. Em Portugal tem o estatuto de vulnerável (V). Em locais pouco perturbados,
efetua a postura no areal; os seus ovos confundem-se com o meio envolvente e
são, facilmente, danificados pelas pessoas e máquinas que ocorrem, nestes dias,
às nossas praias – essencialmente, em zonas mais isoladas.
Na Europa, o declínio das
populações e da área de distribuição da Andorinha-do-mar-anã é consequência,
principalmente, da perturbação humana e de excessivas alterações no habitat A
população reprodutora nacional, estimada em 300 casais, entre 1981 e 1983,
sofreu um declínio acentuado até meados da década de oitenta (Araújo e Pina
1984, Teixeira 1984), não se conhece, com pormenor, a tendência nacional; sabe-se
que nesta época, maio e junho, em sua defesa, devíamos evitar estas atividades.
Esta semana, a equipa dos
Navegantes de Ideias fotografou um ninho, entre Sines e a Lagoa de Santo André.
Os progenitores, cuidadosos com os futuros bebés, não foram incomodados e o seu
habitat foi respeitado.
SorrisosGuida Brito
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