sábado, 6 de julho de 2019

Cinha Jardim desaparece das fotografias e une o Alentejo


Cinha Jardim não pede desculpa. Atos xenófobos.



Não fossem as fotografias e o som da rádio Campanário: pensaríamos que Cinha Jardim não tinha vindo ao Alentejo, para a tal festa que só não foi gigante porque a Cinha obrigou ao sumiço das fotos. Por muito que se procure não há evidências fotográficas que o comprovem: ninguém (e ainda bem) quer o seu nome associado a atos xenófobos ou descabidos.




Cinha Jardim não pede desculpa. Atos xenófobos.

Confesso que pensei que as suas palavras poderiam ter, na sua base, um copo a mais, um nervosismo que só ela sabia, os calores das idades, um mau momento, uma atrapalhação… sei lá: algo que eclipsasse o que ouvimos. Pensei, ainda, que mais cedo ou mais tarde ouviríamos um pedido de desculpas. 

Cinha Jardim não pede desculpa. Atos xenófobos.

Mas não. Pesquisei pela internet, ouvi o tal programa de TV (em que aborda o tema), pesquisei o mural do seu facebook e fiquei sem chão.
Cinha Jardim não pede desculpa. Atos xenófobos.

No programa de TV, pelas suas palavras não disse o que disse e a humildade do pedir desculpa foi ato que não ocorreu. Ora se há cousa que percebemos, de tudo o que se passa no país, é a Língua Portuguesa. E o “até gosto do Alentejo” pareceu-me um favor que nos faz.




Cinha Jardim não pede desculpa. Atos xenófobos.
O seu Facebook, foi invadido por cibernautas ofendidos que lhe dirigiram duras palavras. Pelo que li, tanto Cinha como os amigos, defendem-se referindo-nos como invejosos e a querer aparecer, fazendo alusão ao berço que nós não temos. O que eu pensei ser um ato menos feliz é na realidade a sua forma de estar. Aparecer, aparecer, aparecer, aparecer... e um pedido de desculpas teria resolvido tudo.

Algo bom retiramos de toda esta situação: os alentejanos não estão mortos. Em alto e bom som deram voz à sua indignação. Quem sabe este não é o começo de “omissar” o desalento calado, perante as praticas pseudoagrícolas  que nos têm matado?

Cinha Jardim não pede desculpa

O assunto já não nos merece, não mudamos quem não aprendeu a ser e “burro velho não aprende a andar”. Usemos o bom despertar na mudança que urge em  terras do Alentejo.




Ler também:

Cinha Jardim e as estirpes sociais: respostas do Alentejo


Guida Brito

3 comentários:

  1. Não fossem as fotografias e o som da rádio Campanário: pensaríamos que Cinha Jardim não tinha vindo ao Alentejo, para a tal festa que só não foi gigante porque a Cinha obrigou ao sumiço das fotos. Por muito que se procure não há evidências fotográficas que o comprovem: ninguém (e ainda bem) não quer o seu nome associado a atos xenófobos ou descabidos.

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  2. Adorei, Guida. Gosto da sua forma se ser. Ponderada, justa e bem humorada. Leio tudo o que escreve.

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